Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
de Queiroz, Deise Maciel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/183696
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Resumo: |
O estudo parte do pressuposto de que conflitos são inerentes às relações e expressam as diversidades humanas. Muitas vezes compreendidos de maneira negativa nas escolas, os conflitos são enfrentados por meio de práticas pautadas em um conceito de Justiça Retributiva que se traduz em ações repressivas e punitivas. Apresentamos a Justiça Restaurativa como um novo paradigma que possibilita práticas interventivas dialógicas e democráticas nas escolas, podendo favorecer o desenvolvimento moral dos estudantes. Diante do exposto, o problema que direciona a presente investigação é: “Quais as concepções de educadores sobre conflitos escolares e sobre os fundamentos e práticas de Justiça Restaurativa antes e após um curso de formação continuada?” O objetivo geral foi investigar as possíveis mudanças de concepções sobre Justiça Restaurativa e conflitos na escola após a participação em um curso de formação continuada destinado a docentes e gestores escolares. Os objetivos específicos do estudo são: 1. Caracterizar a Justiça Restaurativa por meio de seus fundamentos, práticas e possibilidades educativas; 2. Analisar as concepções iniciais e finais de gestores e professores sobre Justiça Restaurativa. 3. Analisar as concepções iniciais e finais de gestores e professores sobre conflitos escolares. Para tanto, adotou-se uma abordagem qualitativa do problema com objetivos exploratórios e cuja técnica utilizada foi o estudo de caso e a análise documental. O lócus da investigação foi o curso de extensão universitária “Justiça Restaurativa por meio de Projetos de Intervenção”, ofertado pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Participaram do curso quarenta e três profissionais oriundos de dez instituições escolares de dois municípios do interior paulista. Os documentos analisados foram dois portfólios preenchidos pelos participantes no primeiro e no último encontro do curso, por meio dos quais levantamos suas concepções iniciais e finais. Os dados foram analisados por meio da análise de conteúdo. Os resultados demonstram que as concepções de Justiça Restaurativa dos participantes trazem aspectos facetados que integram o conceito, como mediação, contraponto ao modelo vigente e restauração de relações. As principais mudanças entre as concepções iniciais e finais demonstram a superação do paradigma da Justiça Retributiva, como, por exemplo, a intervenção judiciária e a restauração da ordem. Outra mudança na concepção dos participantes foi a ampliação do olhar sobre o desenvolvimento da Justiça Restaurativa, de um simples processo de mediação a uma concepção mais ampla que incorpora a comunidade escolar como um ator no processo. Em relação aos conflitos escolares, as principais mudanças de concepções se deram em relação às formas de enfrentamento e à valoração dos conflitos, superando ideias que relacionam conflitos à indisciplina e à violência e apontando para a importância da reflexão, da escuta, da busca por soluções coletivas e a educação para a convivência. |