Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Juliana Pierami [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/138194
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Resumo: |
Introdução: atualmente, embora se constate a redução dos índices de morbimortalidade infantil em todas as regiões do país, ainda há muito que se fazer para promover a saúde de crianças, especialmente daquelas mais vulneráveis. O presente estudo aborda o tema da vigilância à saúde de recém-nascidos de risco, com base em protocolo de organização de serviços. Considera-se que protocolo compõe-se de rotinas de cuidados e ações de gestão de um determinado serviço, equipe ou departamento, elaborado a partir da produção de conhecimentos e práticas dos profissionais envolvidos, com respaldo de evidências científicas. Objetivo: elaborar protocolo de organização de serviços para a redução de óbitos infantis na região de saúde do Vale do Jurumirim, São Paulo, com enfoque na vigilância à saúde de recém-nascidos de risco. Aspectos metodológicos: trata-se de uma pesquisa-intervenção, composta por uma etapa inicial, quando foi realizado estudo transversal e descritivo sobre o perfil epidemiológico regional de recém-nascidos vivos em 2013 e das crianças que foram a óbito nesse mesmo ano, durante o primeiro ano de vida, buscando a correspondência aos critérios de risco ao nascer indicados pelo Ministério da Saúde. Nesta primeira etapa, buscou-se também caracterizar a rede de atenção à saúde materno-infantil disponível na região em foco. Em uma etapa posterior, foi realizada intervenção participativa, que incluiu duas oficinas de oito horas para elaboração do protocolo pretendido, envolvendo 34 gestores e profissionais da atenção e vigilância à saúde materno-infantil da referida região. Os dados de cunho quantitativo foram colhidos de bancos públicos e documentos oficiais e descritos estatisticamente, enquanto que os de cunho qualitativo foram obtidos a partir do preenchimento do modelo proposto por Werneck, Faria e Campos, anotações em diário de campo e de roteiro com questões que nortearam as discussões durante as oficinas. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista. Resultados: no ano de 2013, na região de saúde do Vale do Jurumirim foram contabilizados 3748 nascidos vivos, sendo que 9,8% desses apresentaram correspondência a pelo menos um dos critérios de risco ao nascer estudados. Neste mesmo ano, ocorreram 47 óbitos infantis, com 80,8% desses no componente neonatal, distribuídos em 12 municípios dos 17 municípios da região. Constatou-se que houve em todos os óbitos infantis correspondência a pelo menos um dos critérios de risco ao nascer estudados. Sobre vigilância e atenção à saúde materno-infantil, verificou-se que existiam fragilidades quanto ao trabalho em rede, bem como não se tinham estabelecidas estratégias para identificação e segmento de crianças expostas a riscos de adoecer e morrer. Com base nesses achados, coletivamente, foi possível estabelecer: os critérios de risco ao nascer para classificar os recém-nascidos vivos da região e a forma de considerá-los; o elenco de atividades a serem desenvolvidas, com seus respectivos responsáveis; os mecanismos de acompanhamento e avaliação; bem como o fluxograma de atividades para detecção e abordagem de recém-nascido de risco. Considerações finais: como produto desta pesquisa-intervenção foi elaborado o protocolo para a vigilância de recém-nascidos de risco na região de saúde do Vale do Jurumirim. Considera-se que o processo para tal produção foi cientificamente respaldado, contando com a participação ampla e ativa dos profissionais envolvidos com a vigilância e atenção à saúde materno-infantil dessa região. Sendo por definição um instrumento a ser revisto periodicamente, recomenda-se a avaliação do protocolo elaborado após um ano de sua implementação. |