Caracterização da relação espaço-temporal da emissão de co2 do solo em áreas de eucalipto e silvipastoril com o uso de aprendizado de máquina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Renata Amaral da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/257420
http://lattes.cnpq.br/5044376413246458
https://orcid.org/0009-0006-9794-878X
Resumo: Embora exista um processo natural que ocorre no solo associado a perda de carbono, a emissão de CO2 (FCO2) e a ciclagem de nutrientes, a conversão da vegetação nativa para áreas agrícolas tende inicialmente a acelerar este processo, alterando o equilíbrio ecossistêmico antes ali existente. Contudo, dependendo do manejo e do tempo de conversão dessas áreas, esses sistemas futuramente podem se tornar mais conservacionista em termos da dinâmica do carbono, apresentando potencial tanto para estocar quanto estabilizar esse carbono no solo, resultando em menores taxas de respiração do solo. Diante deste contexto, com o presente estudo objetivou-se avaliar a relação das variações espaço-temporais dos fatores controladores da FCO2 em solos de Cerrado em sistemas agrícolas sob reflorestamento. O experimento foi conduzido na Fazenda da UNESP, Campus de Ilha Solteira, no município de Selvíria-MS. Em áreas adjacentes sob solo Latossolo Vermelho (Haplic Acrustox). O estudo foi conduzido em florestas plantadas de Eucalyptus camaldulensis (EU) e área de sistema silvipastoril (SSP) (M. Urundeuva e Brachiaria decumbens), para a avaliação da FCO2, temperatura (Ts) e umidade do solo (Us), carbono orgânico, grau de humificação da matéria orgânica (Hlifs) e demais atributos químicos e físicos do solo. Foram cinco dias de avaliação da FCO2 no manejo EU (17/02, 15/03, 03/06, 10/06 e 17/06) e SSP (22/02, 17/03, 03/06, 10/06 e 17/06 e as relações entre a emissão nesses dias com os atributos do solo coletado ao final dessas avaliações foram previstas por aprendizado de máquina com algoritmo Random Forest (RF). No solo sob plantio de EU as médias diárias da FCO2 variaram ao longo do tempo, houve baixa variação na umidade do solo (10,7 a 12,8%) ao longo do período. Quando realizada a análise de correlação observou-se efeito significativo (p<0,05) somente entre a FCO2 e a temperatura do solo (r= 0,53; p<0,05). O sistema SSP também apresentou variabilidade nas taxas de emissões, os valores médios diários da FCO2 no sistema SSP também apresentaram correlação linear positiva com os valores da temperatura do solo (r= 0,80; p<0,05). O solo sob sistema EU apresentou maior fertilidade em relação ao solo sob sistema SSP quando observamos as médias de P, Ca, Mg e V%, além de menor acidez do solo (H+Al e Al), consequentemente esse solo apresentou maior teor de matéria orgânica (31,31 g dm- III 3) e estoque de carbono (21,75 Mg ha-1). Os resultados também demonstram que o modelo RF foi eficaz na previsão da variabilidade espaço-temporal da FCO2, sugerindo que o manejo do solo e as condições climáticas são fatores determinantes para as emissões de CO2. Os melhores atributos para o mapeamento da FCO2 incluem a Ds, H+Al, Ts e Ca para a área de EU. Para área de SSP foram soma de bases, Ts, estoque de carbono e microporosidade. Esses atributos do solo são essenciais para explicar a FCO2 e oferecem um caminho promissor para futuras investigações.