Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Campoy, Ana Emília Brumatti Galiardi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/191343
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Resumo: |
O câncer cervical é um problema de saúde pública mundial, especialmente devido à sua relação com a infecção prévia pelo papilomavírus humano (HPV). Os HPV são uma família de vírus de DNA com mais de 200 tipos e podem ser classificados em HPVs de baixo e alto risco. Os HPVs de alto risco mais relevantes são os HPV-16 e -18, que juntos são responsáveis por mais de 70% dos casos de carcinoma cervical. As modalidades atuais de tratamento para o câncer cervical são cirurgia, e a combinação de quimioterapia à base de cisplatina com radiação, porém apresentam efeitos adversos graves. Portanto, esforços contínuos são necessários para desenvolver novas drogas e estratégias terapêuticas eficazes para aumentar a eficácia da quimioterapia e diminuir esses efeitos colaterais. A emodina tem atraído grande atenção devido a seu efeito anti-inflamatório, antineoplásico e proapoptótico nos últimos anos. Além disso, a emodina pode ser utilizada como agente fotossensibilizador na terapia fotodinâmica. O interesse na terapia fotodinâmica no tratamento do câncer tem crescido exponencialmente, uma vez que é um tratamento minimamente invasivo, onde se erradica as células alvo, evitando-se a toxicidade sistêmica e os efeitos colaterais nos tecidos saudáveis. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar o efeito da emodina associada à terapia fotodinâmica em linhagens de carcinoma cervical infectadas por HPV de alto risco (SiHa e CaSki) e queratinócitos humanos imortalizados (HaCaT). Inicialmente, as investigações demonstraram que a emodina apresentou citotoxicidade em concentração e tempo dependentes, mostrando mais de 80% de viabilidade celular para linhagens celulares SiHa, CaSki e HaCaT em concentrações abaixo de 30 µmol/L. As imagens de microscopia de fluorescência mostraram uma internalização celular eficiente de emodina em todas as linhas celulares analisadas. Uma diminuição significativa da viabilidade celular para as linhagens celulares SiHa, CaSki e HaCaT foi observado após tratamento com emodina associada à terapia fotodinâmica. Isto foi acompanhado por um aumento na produção de EROs, aumento nas atividades de caspase-3 e aumento na intensidade de fluorescência dos vacúolos autofágicos, sugerindo morte celular por apoptose e autofagia, provavelmente devido ao aumento na produção de EROs. Além disso, 22 genes alvo de drogas anticâncer foram superexpressos e 2 genes alvo de drogas anticâncer tiveram sua expressão diminuída em células SiHa após o tratamento com terapia fotodinâmica mediada por emodina. Estes resultados mostram que a emodina em combinação com a terapia fotodinâmica tem um grande potencial terapêutico para ser utilizada como um tratamento alternativo para o câncer cervical. |