Cogeração a partir da biomassa residual de cana-de-açúcar: estudo de caso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Innocente, Andréia Franco [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/90495
Resumo: Os resíduos do processamento da cana-de-açúcar (bagaço e palhiço) são uma importante fonte energética. O palhiço pode ser adicionado ao bagaço e ambos podem ser queimados nas caldeiras das usinas, como fonte para cogeração de energia elétrica no setor sucroalcooleiro. A usina sucroalcooleira “São Manoel”, situada no município de São Manuel – SP, em seu sistema de cogeração, utiliza o bagaço como combustível para as caldeiras, gerando energia para suas operações. O bagaço produzido não é totalmente consumido e o excedente é vendido para usinas e outras empresas da região. Este trabalho buscou verificar o potencial de cogeração desta usina, considerando o uso da biomassa residual (bagaço e palhiço) de cana-de-açúcar disponível. Assim determinou-se a produtividade do palhiço (20 t.ha-1), que foi separado em folhas verdes (14,9%), folhas secas (71,3%), e material restante (colmos, ponteiros e matéria estranha) (8,3%). O teor médio de impurezas minerais presentes nas amostras de palhiço recolhidas foi de 5,4%. O teor de umidade do palhiço foi medido 3 dias após a colheita para cada constituinte e o valor médio final foi de 28,7%. O bagaço apresentou umidade média de 49,81%. O poder calorífico superior (PCS) foi determinado para o bagaço (19,27 MJ.kg-1), palhiço (17,90 MJ.kg-1) e misturas de bagaço+palhiço em diferentes proporções. Para o poder calorífico inferior (PCI), observou-se que no palhiço a energia liberada (12,11 MJ.kg-1) foi maior que para o bagaço (8,55 MJ.kg-1), resultado esperado considerando-se o maior teor de umidade do bagaço. Das misturas analisadas, a de 50%-50% apresentou maior potencial energético (PCI de 10,08 MJ.kg-1), mostrando que o palhiço pode ser eficiente para produção de energia misturado ao bagaço desde que sejam feitas as adaptações necessárias nos processos e maquinários. A energia que poderia...