Composto orgânico e torta de mamona na produção e qualidade de frutos e sementes de abobrinha-de-moita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lanna, Natália de Brito Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/157122
Resumo: A produção orgânica está cada vez mais aumentando em importância, sendo que nesta é proibida a utilização de adubos inorgânicos. Objetivou-se com esta pesquisa estudar o efeito de doses de composto orgânico no plantio para produção de frutos e doses de torta de mamona em cobertura na produção e qualidade de frutos e de sementes de abobrinha-de-moita. Objetivou-se também, estudar tratamentos alternativos de sementes de abobrinha-de-moita. O trabalho foi dividido em quatro capítulos, sendo que no primeiro (produção de frutos imaturos) foram estudados 12 tratamentos, resultantes do fatorial 6 x 2, em um delineamento experimental de blocos ao acaso, com quatro repetições. Foram seis diferentes adubações, sendo uma inorgânica e cinco doses (0; 20; 40; 60; 80 t ha-1) de composto orgânico no plantio, e em cada adubação foram utilizadas 1 ou 2 plantas por cova. No capítulo 2 foram estudados seis tratamentos de adubação em cobertura para produção e qualidade de frutos imaturos. Foram utilizadas cinco doses de torta de mamona (TM) (0,0; 1,7; 3,4; 5,1 e 6,8 t ha-1) mais um tratamento com adubação inorgânica. No capítulo 3 foram estudados 14 tratamentos, resultantes do fatorial (4 x 3 + 1 + 1), sendo quatro doses de torta de mamona em cobertura (1,7; 3,4; 5,1 e 6,8 t ha-1) x três parcelamentos das aplicações (33-33-33%; 50-50% e 33-50-17%), além do controle com adubação inorgânica em cobertura (150 Kg ha-1 de N e 90 Kg ha-1 de K2O) e o controle sem nenhum tipo de adubação em cobertura (dose 0,0), apenas com adubação orgânica antes do plantio. No capítulo 4 foram estudados tratamentos alternativos de sementes de abobrinha-de-moita (termoterapia seca e úmida e própolis). No capítulo 1, para todas as características avaliadas relacionadas à produção de frutos por planta houve efeito linear para as doses de composto orgânico, com aumento da produção de frutos. No capítulo 2, observou-se aumento linear para todas as características avaliadas relacionadas à produção de frutos imaturos por planta quanto maior a dose de TM. Não foram observadas diferenças entre todos os tratamentos, tanto orgânicos como inorgânicos, para as características físico-químicas de qualidade de fruto avaliadas: pH, acidez titulável, textura e sólidos solúveis, obtendo-se médias de 6,33; 0,14 %; 17,31 N e 4,75 ºBrix, respectivamente. Para todas as características avaliadas pelo menos as duas maiores doses de TM (5,1 e 6,8 t ha-1) não diferenciaram da adubação inorgânica, mostrando que é possível o uso de TM em cobertura na produção de abobrinha-de-moita. Em relação aos teores de macronutrientes no fruto, foi observado efeito significativo para a maioria dos macronutrientes avaliados, exceto para o potássio, para o qual se obteve média de 52,9 g kg-1 de MS. A ordem decrescente dos teores nos frutos foi K > N > P > Mg > Ca > S. No capítulo 3, as doses de TM aumentaram o número e massa de sementes por fruto e massa de sementes por planta até a dose 4,5 t ha-1, aproximadamente. As doses de TM e o parcelamento não influenciaram na qualidade das sementes, porém as doses de 1,7; 3,4; e 5,1 t ha-1 foram superiores ao controle com adução inorgânica. A ordem decrescente dos teores de macronutrientes nas sementes foi: N > P > K > Mg > Ca > S; na folha diagnose foi K > N > Ca > P > Mg > S; e nos frutos maduros (sem sementes) foi K > N > P > Ca > Mg > S. no capítulo 4, a termoterapia a seco não afetou a germinação e o vigor das sementes. A termoterapia a úmido a 50ºC reduziu a germinação, apesar de os valores ainda estarem dentro dos padrões de germinação. A 55oC o tratamento tem que ser por menor período de tempo, até 30 minutos, e não se recomenda o tratamento a 60oC. Quanto ao própolis, resultou em pequena redução na germinação nas maiores concentrações, apesar de os valores ainda estarem dentro dos padrões de germinação.