Esporte escolar e emancipação humana: reflexões à luz da ontologia marxiana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Marques Junior, Waldemar [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/101576
Resumo: O presente estudo tem como objetivo refletir sobre as possibilidades emancipadoras do esporte escolar com base na ontologia marxiana. Primeiramente, realizamos um estudo teórico-conceitual articulando duas dimensões do desenvolvimento humano. Na dimensão filogênica, apresentamos as principais categorias da ontologia do ser social de Lukács – sintetizadas por Lessa – sobre a gênese do ser humano a partir do trabalho (relação homemnatureza – teleologia/causalidade – produzindo objetivações) e desta a gênese do “mundo dos homens”: os demais complexos sociais – religião, filosofia, ciência, arte, jogo etc. Enfatizamos como essa processualidade dialética singular-universal determina o particular e o mundo dos homens pelo trabalho concreto mas também produziu contraditoriedades: divisão da sociedade em classes, trabalho abstrato, valores de troca e estranhamentos. Buscamos compreender o jogo como reflexo do trabalho que funda o reino da liberdade e sua evolução ao esporte – articulação reflexa com a sociedade capitalista. Apresentamos ainda a gênese e a evolução do “jogo” no desenvolvimento ontogênico com base na psicologia histórico-cultural de Vigotski e colaboradores. Constatamos que o jogo é essencialmente situação imaginária e regras/objetivos que evolui da condição de situação imaginária explícita e regras/objetivos implícitos (jogo protagonizado) à condição de regras/objetivos explícitos e regras implícitas (“jogo com regras”). Constatamos que o jogo protagonizado surge na idade pré-escolar como atividade principal do desenvolvimento da criança e funda a zona de desenvolvimento iminente potencializando o desenvolvimento das funções psicológicas superiores no nível da “imaginação na ação”. Provavelmente o jogo é o complexo que inaugura a “infância da humanidade”...