Microinjeções intramurais de cloreto de benzalcônio na síndrome do intestino curto em ratos wistar após enterectomia extensa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ribeiro, Juliana De Oliveira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/213885
Resumo: A síndrome do intestino curto (SIC) representa uma condição clínica grave, caracterizada pela deficiente absorção intestinal de nutrientes, causada pela perda extensa do intestino delgado, culminando em altas taxas de mortalidade tanto em pacientes humanos quanto veterinários. Os tratamentos disponíveis não possuem, até então, resultados satisfatórios para resolução desta importante afecção e consistem em terapias paliativas. Diversos estudos demostraram que o método de desnervação intestinal intrínseca, com utilização do Cloreto de Benzalcônio (CB), consiste em promissora esperança na busca de terapias menos invasivas e eficazes no tratamento da SIC, permitindo melhora nas condições pós-cirúrgicas e prognóstico dos pacientes, por aumentar a área absortiva do intestino. Objetivou-se, com esse trabalho, avaliar a população de células neuroendócrinas, caliciformes e serotoninérgicas na Síndrome do Intestino Curto, a fim de compreender de que maneira a desnevação mientérica com Cloreto de Benzalcônio 0,3% no íleo poderia influenciar no tratamento de pacientes portadores de SIC. Foram utilizados 18 ratos, distribuídos em três grupos (GC - Grupo Controle; GE – Grupo Enterectomia enteroanastomose e GECB - Grupo enterectomia/enteroanastomose com uso do CB) contendo seis animais cada. Os animais do GC receberam microinjeções intramurais de solução salina estéril 0,9%, os animais do GE foram submetidos à ressecção intestinal extensa e os animais do GECB foram submetidos também à ressecção intestinal extensa, porém, receberam microinjeções intramurais de CB. Posteriormente, foi realizada a análise histopatológica, histoquímica e imunoistoquímica, para avaliação da população de células neuroendócrinas no jejuno e íleo. Houve aumento significativo (p<0,05) na contagem de células serotoninérgicas no GECB nos dois segmentos intestinais estudados e não houve alteração significativa na população de células caliciformes nos diferentes grupos. Os resultados obtidos foram possíveis por meio da avaliação da marcação específica positiva para PAS na histoquímica para as células caliciformes e Anticorpo anti-serotoninérgico na imunoistoquímica para as células serotoninérgicas. Nas condições em que este trabalho fora conduzido é possível concluir que o tratamento com microinjeções intramurais de CB 0,3% no íleo de ratos Wistar não foi suficiente para alterar a população de células caliciformes nos segmentos jejunais e ileais. Conclui-se também que o CB foi capaz de promover aumento da população de células serotoninérgicas, o que por sua vez, pode auxiliar no aumento das funções promovidas pela serotonina no intestino, auxiliando no trânsito intestinal de pacientes com SIC.