Incorporação de cinza de caldeira em matriz cimentícia para produção de argamassa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Martins, Ana Beatriz Bacurau
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Ash
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/239391
Resumo: A reutilização de resíduos sólidos industriais como materiais substitutivos ou aditivos em matriz cimentícia, evidencia uma atividade ambientalmente amigável aliada a uma alternativa sustentável para as indústrias. O reaproveitamento desses resíduos pelo setor da construção civil pode melhorar as propriedades físicas, químicas e mecânicas do material produzido, assim como reduzir o impacto ambiental de descarte irregular. A cinza de caldeira proveniente da queima do eucalipto é um resíduo comumente gerado em grandes quantidades por diversos setores industriais, que fazem uso da queima da madeira para produção de calor. Neste trabalho, a cinza proveniente da queima do eucalipto foi utilizada para ser incorporada, de formas distintas, à argamassa. A cinza, caracterizada por fluorescência de Raios X, consiste em uma mistura de elementos minerais oxidados e areia. Este resíduo foi incorporado à matriz cimentícia (argamassa) em duas etapas: (I) adicionada em proporções de 5, 10 e 15% em massa com variação do fator a/c e, (II) adição de 15%; substituição do cimento por 15% e substituição da areia por 15%, em massa da cinza, todos mantendo o fator a/c fixo em 0,48. Na primeira etapa, os corpos de prova foram caracterizados quanto à resistência à compressão nas idades de 7, 14, 28 e 91 dias, enquanto na segunda etapa, foram caracterizados apenas aos 28 dias. Foram realizados ensaios físicos de massa específica real, absorção de água e índice de vazios para todas as amostras aos 28 dias de cura, de acordo com as normas brasileiras. Os resultados de resistência mecânica da primeira etapa mostraram um aumento com o tempo de cura e, a partir dos 28 dias, os valores encontrados para as amostras com a incorporação da cinza foram todos superiores à amostra padrão (sem cinza). Para as amostras da viii segunda etapa, aos aos 28 dias, todos os valores de resistência dos corpos de prova contendo cinza foram ligeiramente maiores que aqueles apresentados pela a amostra de referência. Os resultados de massa específica real, absorção de água e índice de vazios aumentaram com o teor de cinza inserido à matriz, acompanhando o aumento do fator a/c das amostras da primeira etapa. Para as amostras preparadas na segunda etapa, somente a amostra com substituição do cimento pela cinza, apresentou valores de absorção e índice de vazio menores que aqueles apresentados pela referência. Os resultados deste trabalho mostraram que, embora a cinza utilizada não apresente atividade pozolânica, sua incorporação e/ou substituição de agregados em uma argamassa, pode ser realizado até o valor limite estudado – 15% em massa, tendo em vista que as propriedades fundamentais do material final não sofrem alterações significativas.