Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Masiero, Cristiane Parisoto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153344
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Resumo: |
RESUMO Introdução: A doença renal crônica é um problema de saúde pública global e vem apresentando uma tendência de crescimento. Quando a capacidade renal atinge parâmetros entre 10 e 15%, é necessária a realização de uma terapia renal substituitiva. No hospital em questão, o centro de hemodiálise se encontra com sua capacidade total instalada e a demanda por vagas continua. Os pacientes então começaram a ser internados aguardando pela vaga ambulatorial por períodos que podem chegar a 3 meses. A opção internação pela internação, que pareceu funcionar bem no início, logo criou novas interações antes inexistentes, além de consequências para os pacientes, como infecção hospitalar e depressão. Objetivo: Contribuir para a implementação de novas metodologias participativas na busca por soluções coletivas que atinjam os determinantes organizacionais nas atividades da área de saúde. Método: Foi utilizado o Laboratório de Mudanças (LM) que possui como base a teoria histórico cultural e o princípio da dupla estimulação e visa a construção coletiva de soluções. O trabalho foi dividido em duas fases: uma de coleta de dados etnográficos, com entrevistas individuais e coletivas, observação in loco e exame de documentos. Na segunda fase foram realizadas oito sessões do LM com um grupo composto em média por quinze pessoas do setor de terapia renal substitutiva e os setores que passaram a interagir após a internação dos pacientes. Resultados: A análise da atividade atual demonstrou que os pacientes com problemas renais continuam chegando ao hospital por diversas vias e que os profissionais não possuíam autonomia para negar o paciente pela falta de vaga. A equipe absorve essa demanda e sofre o impacto inicial é a que atende a insuficiência renal aguda (IRA) e equipe a de nefrologistas. Dados históricos demonstram que a equipe se manteve a mesma ao passo que o número de pacientes triplicou. Foram sendo arranjados locais para esses pacientes serem dialisados, ocupando outro setor, o do Centro de Terapia Intensiva (CTI), também com a capacidade esgotada. Essas mudanças levaram a contradições secundárias no sistema de atividade que emergiram durante as sessões do LM. As sessões proporcionaram um momento para discussão desses problemas, a mudança de alguns componentes do grupo para uma visão mais sistêmica da situação e a formação de agência de parte dos envolvidos. Após passar pelas fases de questionamento e construção histórica da atividade, houve a elaboração de proposta de novo modelo mais voltado para o método de diálise peritoneal, onde há maior autonomia do paciente, que pode realizar a diálise em sua casa. A prevenção também foi foco de discussão. Conclusão: O Laboratório de Mudanças proporcionou que os participantes ampliassem a compreensão dos problemas vivenciados pelo setor de hemodiálise de forma pessoal para sistêmica. Também possibilitou micro ciclos de aprendizagem expansiva, porém de forma diferente nos diversos atores. Houve a criação de agência manifestadas nas sessões e também fora dela. O LM demonstrou ser um importante método para a construção de mudanças organizacionais de forma coletiva. |