Proposta de protocolo de avaliação de praxias verbais para crianças

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Araújo, Lisiane Pereira de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193554
Resumo: Os prejuízos de natureza práxica têm sido apontados como parte do quadro de manifestações de mudanças persistentes na fala, dentre elas, a Apraxia de Fala na Infância. O objetivo deste estudo foi desenvolver uma proposta de protocolo para avaliação de praxias verbais para crianças. As seguintes etapas foram realizadas: (1) revisão de literatura para delimitação conceitual e objetivos do protocolo, bem como a definição do formato de avaliação a ser proposto; (2) construção das tarefas, sistema de pontuação e classificação do desempenho da criança no protocolo; e (3) estruturação do protocolo (folha de aplicação e registro). O Protocolo de Avaliação de Praxias Verbais, versão para Criança (ProAPV-Criança), foi proposto e está organizado em 16 tarefas com ordem crescente de complexidade (onomatopeia, ditongos, sílabas, palavras com diferentes estruturas silábicas, palavras inventadas, frases, aumento da complexidade da produção da fala, diadococinesias e fala encadeada). A proposta de avaliação dinâmica foi a escolhida para respaldar o protocolo e fornecer informações sobre o nível de modificabilidade da fala da criança, mediante o uso de pistas articulatórias. O uso das pistas foi definido com base no número de erros durante a imitação sequencial do item-alvo. Foram definidas nove características clínicas sugestivas de prejuízos no planejamento e programação motora da fala, as quais foram observadas a partir das respostas nas tarefas (erro em consoante, erro em vogal, tateio articulatório, alteração prosódica, inconsistência, prejuízo de coarticulação, erro com o aumento da complexidade da produção da fala, lentificação e/ou erro de sequencialização em tarefas diadococinéticas e aumento da ininteligibidade em fala encadeada). Foi proposto um sistema de pontuação e cálculo de porcentagens para estabelecer o nível de dificuldade e o nível de modificabilidade da fala. O protocolo é uma proposta de avaliação estruturada e sistematizada para a coleta e a análise de dados de crianças de 5 a 10 anos e 11 meses. A proposta buscou uma forma de complementar a avaliação fonoaudiológica clínica de crianças que apresentam alterações persistentes no desenvolvimento da fala e que podem apresentar, como parte do quadro de manifestações, prejuízos nas praxias verbais. Faz-se necessário um estudo de validação.