Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Véliz, José Espinoza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/152753
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Resumo: |
A cana-de-açúcar é uma cultura de grande importância econômica no Brasil, tanto pela produção de açúcar e etanol quanto pela produção de diversos subprodutos. Nas diferentes fases fenológicas da cultura, a fase de maturação é de alta importância em variedades de maturação precoce no início da safra, onde a cultura depende das condições climáticas, podendo, em condições desfavoráveis, proporcionar baixo teor de açúcar, acarretando em prejuízos quantitativos e qualitativos da matéria-prima. Deste modo, o uso de maturadores torna-se estratégia fundamental de manejo para atingir rendimentos satisfatórios. No presente estudo, objetivou-se avaliar a eficácia de maturadores na qualidade tecnológica, bioenergética, enzimática e fisiológica, além dos efeitos residuais na planta e soqueira. O estudo foi realizado com a variedade RB966928 (precoce), em cana-planta (2014/2015) e cana-soca (2015/2016), em Igaraçu do Tietê-SP. Os tratamentos foram os seguintes: glifosato, nas doses de 0,35; 0,45; 0,50 e 1,00 L ha-1 de produto comercial (PC) (0,126; 0,162; 0,240 e 0,480 kg de equivalente ácido (ea), respectivamente); trinexapaque-etílico, nas doses de 0,60; 0,80; 1,00 e 1,20 L ha-1 de PC, equivalente a 0,150; 0,200; 0,250 e 0,300 L i.a., respectivamente; sulfometurom-metílico, na dose de 0,02 kg ha-1 de PC ou 0,015 kg de i.a.; e testemunha sem aplicação de maturadores. Os tratamentos foram aplicados 60, 45, 30 e 15 dias antes da colheita (DAC), no período de março a maio (safra 2014/2015). Os resultados em pré-colheita permitiram concluir que, independente do maturador e da dose, todos alteraram a qualidade da matéria-prima, em que quanto maior DAC maior o acúmulo de sacarose. O glifosato elevou o teor de sacarose à medida que aumentou a dose e DAC, prejudicando a produtividade de colmos (TCH), de pol (TPH) e de açúcar (TAH) em cana-planta. O glifosato a 0,35 L ha-1 não prejudicou a TCH em função de DAC, e aumentou TPH e TAH, aos 45 DAC. No entanto, houve efeito residual do maturador aplicado em cana-planta para doses acima de 0,50 L ha-1 para cana-soca, prejudicando clorofila, crescimento da planta, porém aumentando o poder calorífico do palhiço. Trinexapaque-etílico melhorou a qualidade da matéria-prima à medida que se aumentou a dose e DAC, o que reduziu a altura das plantas, mas sem reduzir TCH em cana-planta. No entanto, o incremento da sacarose foi comprometido pela redução de TCH acima de 45 DAC. Em cana-planta, com trinexapaque-etílico em doses abaixo de 1,0 L ha-1 aos 60 DAC, houve um aumento de TPH e TAH, conteúdo de clorofila, número e altura de perfilhos. Os resíduos de trinexapaque-etílico em doses acima de 1,00 L ha-1, aplicadas em cana-planta aos 15 DAC, reduziram a TCH em cana-soca. Os maturadores, em doses recomendadas, aumentaram o teor de sacarose à medida que incrementaram os DAC, com maior magnitude para glifosato a 0,45 L, seguido de sulfometurom-metílico a 0,02 kg e trinexapaque-etílico a 0,80 L ha-1. O glifosato prejudicou a produtividade de cana e açúcar, tanto em cana-planta quanto em cana-soca. O sulfometurom-metílico a 0,02 kg e trinexapaque-etílico a 0,80 L ha-1 aumentaram a TPH e TAH até aos 60 DAC. O sulfometurom-metílico a 0,02 kg ha-1 manteve os níveis de clorofila, aumentou o poder calorífico do palhiço e não prejudicou a altura e número de perfilhos. Em geral, no ponteiro da planta, houve maior concentração de resíduos dos maturadores entre 15 a 45 DAA, assim como na rebrota. Na rebrota, o trinexapaque-etílico a 0,80 L ha-1 e sulfometurom-metílico a 0,02 kg ha-1 alteraram os componentes lignocelulósicos, assim como a atividade da enzima invertase ácida (SAI), invertase neutra (NI), sacarose fosfato sintase (SPS) e sacarose sintase (SuSy) a os 15 e 60 DAA. Todos os tratamentos incrementaram o conteúdo de sacarose quando aplicados com mais DAC. No entanto, o glifosato provocou dano em cana-planta e cana-soca pelo efeito residual. A dose de glifosato a 0,35 L ha-1 apresentou maior rendimento de açúcar (TAH) aos 45 DAC, trinexapaque-etílico e sulfometurom-metílico nas doses de 0,60 a 1,00 L ha-1 e 0,02 kg ha-1, respectivamente, apresentaram os melhores rendimentos de açúcar sem provocar redução do peso dos colmos. |