Diferenciação dos sistemas produtivos de mandioca por meio da análise emergética em Campos Novos Paulista-SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Dias, Paulo Emilio Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/190840
Resumo: A mandioca é cultivada em grande parte do território nacional, portanto, em distintas regiões, sob diferentes sistemas de produção. Na produção de alimentos, chamada “mandioca de mesa”, é considerada uma das principais fontes de carboidratos, vitaminas e sais minerais, o que representa um aspecto importante à alimentação de populações em países pobres. Para a indústria, a mandioca assume destaque na composição de embalagens, colas, mineração, têxtil e farmacêutica e também o de alimentos embutidos, dentre outros, por meio da utilização da fécula. Devido à necessidade do desenvolvimento de sistemas produtivos sustentáveis (melhores desempenhos ambientais, econômicos e sociais), e, em razão da importância da mandioca no cenário agrícola brasileiro, este estudo teve como finalidade realizar o balanço emergético, comparando e analisando distintos sistemas produtivos de mandioca. Ademais, índices emergéticos podem ser utilizados para se ter uma correlação e interação do homem com o meio ambiente, servindo também para se avaliar como estes sistemas se comportam econômica e ecologicamente. Assim, a utilização da análise emergética permite que os custos emergéticos e benefícios sejam comparados, e desta forma, contribuem para gestão de recursos de forma sustentável. Por meio de instrumentos de coleta de dados, foram determinados todos os recursos renováveis (R), não renováveis (N) e financeiros (F) para cada um dos 35 estabelecimentos rurais participantes desta pesquisa. Devido algumas similaridades, estes estabelecimentos foram agrupados em clusters, desta forma, foram verificados e identificados padrões e relações entre os componentes de cada grupo formado. Com as informações sobre a quantidade de recursos R, N e F, foi realizado o cálculo emergético, que contabiliza todos as entrada e saídas destes recursos. Enquanto pelo método econômico tradicional são analisados somente os custos fixos, custos variáveis, e o mercado, portanto, para a comercialização deste produto, não são consideradas as contribuições da natureza e dos ecossistemas que estão envolvidos diretamente em sua produção. Índices emergéticos também foram calculados índices, tais como, Rendimento emergético (EYR), Investimento emergético (EIR), Carga ambiental/Impacto ambiental (ELR), Índice de sustentabilidade (ESI) e Renovabilidade (%R). Foram elaborados diagramas triangulares para a determinação e representação gráfica do processo produtivo que apresenta melhores desempenhos ambientais, econômicos e sociais, sob o ponto de vista emergético indicando qual destes sistemas do ponto de vista da sustentabilidade, possui maiores e melhores índices emergéticos. Então, por meio da técnica de clusterização, foram identificados 9 agrupamentos com um número variado de estabelecimentos em cada um. Na sequência procedendo-se à análise emergética, obteve-se que apenas 20% dos estabelecimentos rurais são sustentáveis, enquanto os 80% restantes são insustentáveis a médio prazo ou não sustentáveis, em razão dos critérios utilizados e adotados neste estudo.