Uso de carboidrases em dietas à base de milho e farelo de soja para frangos de corte

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Pasquali, Guilherme Aguiar Mateus [UNESP]
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: enzimas que degradam PNAs; xilanase; glucanase
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182179

O uso de enzimas que degradam polissacarídeos não-amiláceos (PNAs) em dietas para monogástricos tem sido cada vez mais explorado por nutricionistas, apesar dos mecanismos pelos quais estas enzimas melhoram o valor nutritivo dos alimentos ainda não estarem totalmente esclarecidos. Assim, este estudo foi desenvolvido com o objetivo de evidenciar os principais mecanismos de ação de enzimas que degradam PNAs e o efeito sobre frangos de corte alimentados com dietas à base de milho e farelo de soja. O primeiro experimento, relatado no Capítulo II, foi desenvolvido para avaliar os efeitos da inclusão de diferentes produtos enzimáticos compostos por xilanase e β-glucanase em dietas à base de milho com dois níveis de energia para frangos de corte sobre o desempenho, características intestinais, umidade de cama, incidência de lesões de pododermatite, e parâmetros bioquímicos do sangue. Foram utilizados 1.200 pintos machos, distribuídos em esquema fatorial 2 × 4 (dois níveis de energia × ausência ou inclusão de três diferentes xilanases + β-glucanases). O ganho de peso e a conversão alimentar foram prejudicados pelo fornecimento de dietas de baixa energia (CN; 2.925 kcal/kg na fase inicial e 3.025 kcal/kg na fase de crescimento). O uso de diferentes produtos enzimáticos compostos por xilanase e β-glucanase não afeta o desempenho e a qualidade intestinal de frangos de corte alimentados com dietas à base de milho. O experimento referente ao Capítulo III teve como objetivo avaliar o efeito da inclusão de um produto enzimático composto por xilanase e β-glucanase em dietas à base de milho e soja com níveis variáveis de energia para frangos de corte, sobre desempenho, concentração de ácidos graxos de cadeia curta, pH e perfil térmico dos cecos, digestibilidade ileal de energia e proteína e cinética intestinal. Foram utilizados 744 pintos machos, alojados em 24 boxes e distribuídos em delineamento inteiramente casualizado em esquema 2 × 2 – dois níveis de energia × ausência ou inclusão de 100 gramas do produto enzimático por tonelada de ração. A suplementação enzimática melhorou o ganho de peso de 1 a 7, e de 1 a 21 dias, porém não afetou o desempenho de 1 a 35 dias. Frangos alimentados com dieta de baixa energia apresentaram maior concentração cecal de ácido acético quando suplementados com enzima. O fornecimento de dietas de baixa energia reduziu o pH do conteúdo cecal e aumentou a temperatura média dos cecos. A digestibilidade ileal de energia foi maior em frangos alimentados com dietas contendo xilanase, e de proteína e energia maiores com o fornecimento de dietas de alta energia. A inclusão do produto enzimático aumentou o tempo médio de retenção (TMR) no íleo distal, e o fornecimento de dietas de baixa energia reduziu o TMR no jejuno distal. Assim, a inclusão de xilanase em dietas à base de milho favorece o ganho de peso de frangos de corte apenas nas três primeiras semanas de vida, porém aumenta o tempo médio de retenção no íleo distal e melhora a digestibilidade ileal de energia.