Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Gemeinder, José Lúcio Pádua [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/138114
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Resumo: |
Sistemas de liberação de fármacos são fundamentais para promoção de ações terapêuticas, dentre eles os sistemas transdérmicos que representam uma alternativa frente às propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas dos fármacos. Através deste sistema é possível controlar sua liberação e manter a concentração por um longo período. Devido a ascendência da população idosa e das enfermidades que os acometem, o desenvolvimento destes sistemas é primordial para uma melhor adesão e conforto do paciente. Atualmente, diversos polímeros, principalmente os naturais, são usados para este fim. A membrana látex natural (NRL) extraído da seringueira Hevea brasiliensis, destaca-se por suas propriedades físicas, por ser um polímero renovável e extensamente utilizado para a produção de biomembranas. Vários estudos demonstraram atividades angiogênicas, de neovascularização, e de reparação tecidual deste biopolímero. O sulfato de gentamicina, um antimicrobiano da classe dos aminoglicosídeos, inibe o crescimento de vários micro-organismos Gram-positivos e Gram-negativos, agindo principalmente na inibição da síntese proteica bacteriana por ligação ribossomal (30S). Neste sentido, o objetivo deste estudo foi desenvolver um novo sistema de liberação sustentada incorporando o sulfato de gentamicina ao látex natural, utilizando-o como carreador do fármaco, aumentando a atividade deste biopolímero. Com o intuito de caracterizar as propriedades físico-química das biomembranas, foram utilizados alguns métodos como a microscopia eletrônica por varredura (MEV), resistência mecânica e a espectroscopia por infravermelho (FTIR-ATR), antes e após da incorporação do fármaco. Buscou-se entender o comportamento da taxa de liberação frente aos diferentes meios e verificar a atividade antimicrobiana após incorporação do fármaco no látex. As biomembranas foram preparadas por casting, em moldes de teflon®, seguida de secagem à temperatura ambiente. A imagem da MEV demonstrou a incorporação da gentamicina ao látex, observada na superfície da biomembrana. A resistência mecânica mostrou um aumento na tensão máxima com a incorporação da gentamicina quando comparada ao látex puro, apesar de não ter havido alteração no módulo de Young, 1,3 – 1,9 Mpa, valores reportados na literatura para NRL. Observou-se que no FTIR-ATR não houve mudança nos espectros após a mistura dos compostos, uma vez que as bandas de absorção foram preservadas e não houve novos picos. Com a liberação do fármaco em diferentes meios, durante 6 dias, foi possível constatar uma variação do burst release e do tempo de liberação, no qual destaca-se uma maior liberação em meio ácido e básico devido a uma maior biodisponibilidade de absorção nestes meios. O látex não alterou a atividade antimicrobiana da gentamicina frente às cepas de Staphylococcus aureus e Escherichia coli, predominante em infecções por queimaduras e feridas, apresentando respectivamente halos de inibição de 28,4 mm e 19,5 mm frente aos 15,0 mm referidos na literatura. Estes resultados reforçam que o látex pode ser usado como um carreador de fármacos, mostrando ser uma alternativa interessante de curativo/adesivo para uso tópico. |