Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Chotolli, Wesley Piante |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/255020
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Resumo: |
O Ensino Superior constitui parte importante do processo de subjetivação de quem vivencia essa etapa de formação da carreira estudantil. Nos ambientes das Instituições Superiores de Ensino (IES), muitas/os estudantes se deparam com um ambiente crítico no qual as diferenças são politizadas, ao mesmo tempo em que convivem com o limite performático em torno das questões visualizadas em distintos marcadores simbólicos presentes nos espaços pedagógicos. Isto posto, faz-se necessário observar esse paradoxo vivenciado, visto que a dimensão crítica relativa às diferenças é despertada nesse ambiente, ao mesmo tempo que é ali também que as tensões são vivenciadas, uma vez que as discussões teóricas e conceituais sobre gênero e sexualidade não estão inclusas na maioria dos cursos de formação docente. Objetivou-se analisar o modo como professoras e professores de uma faculdade privada do interior paulista vivenciam e observam as atividades rotineiras do exercício da docência e das demais ações realizadas no contexto educacional, de modo a compreender os principais problemas enfrentados nas interações envolvedoras de questões da pedagogia universitária e suas interfaces com os dilemas de gênero e sexualidade. Para tanto, utilizou-se de aporte teórico de autoras e autores que assumem perspectivas das teorias queer e da Pedagogia Universitária, produzindo uma análise qualitativa no formato de estudo de caso. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com as/os docentes dos cursos ofertados por tal instituição, problematizando os dados por meio da análise do discurso, produzindo seções estruturadas em torno dos dilemas profissionais, da análise das diferenças e de suas percepções em torno do gênero e da sexualidade. Foi possível verificar que as/os docentes reconhecem as limitações associadas aos processos formativos, conectando-as às suas trajetórias educacionais e às materialidades existentes no exercício profissional. Sobre a reflexão das diferenças, constatou-se a dificuldade em refletir sobre a temática, sendo caracterizadas sobretudo a partir da materialidade econômica e social. No campo do gênero e da sexualidade, notou-se a construção em torno dos elementos biológicos e dos binarismos consagrados em torno da heteronormatividade. À vista disso, é possível concluir a necessidade da inserção de formações pedagógicas nos programas de Pós-graduação e nos ambientes de trabalho, garantindo o reconhecimento das diferenças e legitimando-as como práticas pedagógicas. Nessa mesma direção, foram analisados os aspectos da precarização docente e suas consequências no Ensino Superior, percebidas no contexto universitário. |