Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Lima, Marcos José Alves de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/202328
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Resumo: |
Este trabalho partiu de uma observação particular do cotidiano do pesquisador. Parece ser uma cena dessas comuns em filmes, onde a mulher se lança em um armário abarrotado de roupas e após testar várias composições (looks), conclui, frustrada, não ter nada para vestir. A partir dessa cena pode-se validar ou negar empiricamente que este trabalho se propõe a analisar questões sobre o consumo, o consumismo, o design de moda, e sobre a percepção de posse de produtos de moda, sem representar o universo feminino de forma estereotipada e sexista. Algumas tendências concretizam-se e confirmam o cenário de uma sociedade que tem fácil acesso a créditos e como consequência acaba se endividando e tonando-se permanentemente insatisfeita, essa que desfruta de liberdade, mobilidade e amplo acesso à informação. Quanto ao consumo de moda também é possível identificar a incongruência da multiplicidade de estilos, do potencial para criar personas e mimetizar-se desalinhando a crença no estilo de vida ou formando um estilo de vida sob representação social plural suportada pelo consumo excessivo e ostentatório. Esses fatores são capazes de questionar a dinâmica da ciência do design aplicado à moda ou design de moda, desafiando os conceitos de projeto, etapas metodológicas, alocação das funções dos produtos, da arte, da inspiração, da ergonomia, da pesquisa, constituindo um reducionismo grosseiro do essencial, bem como, desrespeito de questões éticas indissociáveis. Tal quadro esboça a grande necessidade e urgência que se impõe a essa geração e às futuras, que é a de ser sustentável e a de atender as necessidades humanas que se sobrepõem a produção de coisas e mais coisas. E, apesar de haver um despertamento global para o tema, há também pouco engajamento de agentes com papel determinante nesses novos caminhos como os governos, as empresas, os consumidores, os designer´s e as instituições de ensino de design. A pesquisa está classificada como descritiva e exploratória baseada na pesquisa bibliográfica e de estudo de campo utilizando a técnica de observação direta extensiva, bem como, com nuanças qualiquantitativas. Entrevistou-se 155 mulheres na fase 01, que realizaram a contagem de suas posses de produtos de moda, a saber, blusinhas, camisas, calças, shorts e bermudas, blazers e casacos, vestidos e sapatos. A fase 2 consistiu em um grupo focal formado por 08 mulheres com formação na área da moda - com atuação ou olhares no marketing, na indústria, na docência e na pesquisa. Desta imersão percebe-se que é possível analisar as relações entre o consumo ou consumismo e o impacto destes no design de moda, bem como, responder a questão de pesquisa que se dá no caminho inverso, quando o design de moda (design de maneira geral) rompe os vínculos com o sistema do consumismo e passa a contribuir positivamente para formação de um novo cenário. E, que este sistema tem atrativos e justificativas que comprometem a sensibilidade dos agentes envolvidos nele: consumidores, designer´s, governos, instituições educacionais, etc. Confirmando as hipóteses elencadas sobre o processo de dessensibilização, da subjetividade de métricas para conceituar o consumismo e da auto percepção sobre o próprio consumo. |