Desempenho de uma colhedora e qualidade da fibra do algodão cultivado com espaçamento simples convencional e duplo combinado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Lyra, Gabriel Albuquerque de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/146724
Resumo: Como grande pilar de sustentação econômica, a agricultura brasileira mantém-se em constante desenvolvimento e adaptação para atender as demandas de mercado, exigindo dos produtores rurais atualização de seus processos produtivos. Uma das formas mais comuns de incrementar a produção agrícola é aumentar a população de plantas na semeadura, visando acréscimo em produtividade. Contudo, na cultura do algodão a semeadura com espaçamento estreito entre fileiras tem como maior finalidade encurtar o ciclo produtivo, possibilitando o menor uso de defensivos agrícolas, principalmente de inseticidas e fungicidas, tendo em vista o grande número de aplicações. Esta prática foi implementada inicialmente nos Estados Unidos nos anos 70 e vem sendo adotada desde então em outros países, mas a grande limitação desse processo está na dificuldade da colheita, tornando a operação menos eficiente, principalmente no que diz respeito as perdas, sem deixar de lado a qualidade da fibra colhida. Visando minimizar estas perdas e manter as qualidades do algodão adensado, foi proposto nesse trabalho avaliar o desempenho de uma colhedora e a qualidade da fibra do algodão cultivado em espaçamentos tradicional simples e duplo combinado. A semeadura com utilização de espaçamentos duplos combinados entre fileiras permite aumentar a população de plantas sem mudar drasticamente o sistema operacional de colheita já consolidado, uma vez que a duas fileiras com menor espaçamento podem ser colhidas com a mesma máquina utilizada para o espaçamento tradicional de semeadura, por isso durante a condução do experimento foi realizada a implantação de quatro tipos de espaçamento: fileiras duplas espaçadas em 15x75 cm, 18x72 cm, 20x70 cm e o tradicional de 90 cm entre as fileiras de cultivo. Nos espaçamentos duplos combinados a densidade de semeadura foi dobro em relação a semeadura do espaçamento simples convencional. Os parâmetros avaliados foram: população de plantas ao fim do ciclo, número de capulhos por planta, produtividade, qualidade da fibra colhida, consumo de combustível da colhedora e perdas pós-colheita. As análises das características e qualidade da fibra foram realizadas em Laboratório de Classificação de Fibras por meio do sistema HVI (High Volume Instrument). Os resultados obtidos foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de significância. Os resultados mostraram que o número de capulhos por planta é significativamente maior quando o algodão é cultivado em espaçamento simples convencional, média de 11,2 capulhos por planta, enquanto nos espaçamentos duplos combinados a média foi de 7,5 capulhos por planta, contudo, por conta da maior densidade populacional não houveram diferenças significativas entre as produtividades. O consumo de combustível da colhedora não foi afetado pela densidade populacional, ou pelos tipos de espaçamentos duplos combinados. As perdas pós-colheita foram significativamente maior no algodão cultivado com espaçamento duplo combinado de 20x70 cm, média superior a 18%, enquanto nos demais espaçamentos duplos combinados as perdas ficaram com médias próximas a 10%, e média de 12,4% no espaçamento simples convencional. De maneira geral a qualidade da fibra do algodão colhido não apresentou diferenças entre os espaçamentos de cultivo simples convencional e duplo combinado.