Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Streher, Annia Susin [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/180557
|
Resumo: |
O objetivo geral dessa tese foi explorar os conceitos da ecologia baseada em atributos a fim de entender como o ambiente modula a variação de atributos funcionais em diferentes escalas espaciais e temporais, combinando sensoriamento remoto e ecologia vegetal. No segundo capítulo da tese, avaliou-se os padrões de fenologia remota do mosaico de vegetação na montanha do Espinhaço, investigando quais os agentes ambientais são responsáveis pelos padrões observados. O algoritmo TIMESAT foi utilizado para extrair os indicadores fenológicos de uma série temporal de 14 anos de imagens de satélite MODIS/NDVI. A disponibilidade de água e luz, modulada pela topografia, foram os principais responsáveis pelas respostas da fenologia remota na região, determinando o início, fim e comprimento da estação de crescimento. A temperatura teve um papel importante na determinação das taxas de desenvolvimento das folhas e na força da sazonalidade da vegetação. No capítulo três, testou-se a generalidade dos padrões globais de estrutura e função da vegetação na escala da paisagem, na porção sul do Espinhaço, conhecida como Serra do Cipó em Minas Gerais. Também buscou-se determinar a relação dos atributos funcionais que representam as dimensões de estrutura e função da vegetação com os gradientes de elevação e topo-edáficos encontrados na região. Foram coletadas características funcionais (LMA, LDMC – relacionados à economia foliar, área foliar e altura da planta – relacionados com a estrutura da vegetação) de 1650 indivíduos, compreendendo todas as formas de vida, em cinco locais ao longo de um gradiente de elevação, abarcando os diferentes tipos de vegetação encontrados em cada elevação. A organização fenotípica na estrutura e função das plantas encontrada em escalas globais foi análoga à encontrada entre as espécies que co-ocorrem localmente nos campos rupestres. A dimensão relacionada a estrutura da vegetação apresentou variação ao longo dos gradientes ambientais, porém as relações alométricas foram igualmente importantes para explicar as variações encontradas nessa dimensão funcional. A dimensão fenotípica relacionada a função foliar não apresentou variação relacionada a nenhum dos gradientes ambientais avaliados, indicando que os atributos funcionais, LMA e LDMC, não estão relacionados com as estratégias de aquisição e uso dos recursos em ambientes sazonalmente secos. No capítulo quatro, utilizou-se os dados funcionais de folhas coletados no capítulo três, para testar a capacidade da espectroscopia de solo em estimar as características funcionais foliares e diferenciar plantas com diferentes formas de crescimento. Os espectros de reflectância foliar foram capazes de predizer com precisão as características funcionais de folhas da vegetação independente da forma de crescimento, porém os modelos apresentaram imprecisão em torno dos valores maiores de LMA. Este resultado aponta para uma limitação ou do método da espectroscopia e/ou do método de modelagem utilizado neste estudo. Gramíneas e plantas lenhosas apresentaram respostas espectrais mais dissimilares, enquanto as herbáceas representam um tipo espectral intermediário, parcialmente semelhantes as gramíneas (no visível) e parcialmente semelhantes às plantas lenhosas no infravermelho médio. No capítulo cinco foi investigada a influência dos níveis taxonômicos na relação entre a diversidade espectral e funcional em um subconjunto de plantas coletadas no capítulo três. A variação interespecífica foi maior que a variação intraespecífica para todas as características funcionais e espectrais da vegetação, mas o tamanho da influência intraespecífica foi uma resposta específica de cada espécie. Os resultados indicaram também que a idade foliar pode estar contribuindo mais que o esperado na variabilidade espectral intraespecífica e assim, dificultando o delineamento de um paralelo com os processos reconhecidos pela ecologia baseada em atributos que geram a variação intraespecífica (i.e., plasticidade). A partição da variância mostrou que tanto os atributos funcionais quanto os atributos espectrais variaram principalmente no nível de família, indicando que ambos são conservados evolutivamente. Este estudo contribui para a construção de teorias ligando a diversidade espectral com a diversidade funcional e taxonômica, os quais são muitas vezes difíceis de quantificar nos trópicos, auxiliando a impulsionar um sistema de monitoramento da biodiversidade baseado em sensoriamento remoto hiperespectral. |