Carbono orgânico em neossolo quartzarênico recuperado com lodo de esgoto sob espécies nativas da Mata Atlântica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Goulart, Lívia Mara Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152129
Resumo: O experimento, iniciado em 2005, visou nesta etapa avaliar a fertilidade do solo, o C orgânico total e o estoque de C no solo, as alterações na quantidade de C microbiano e sua atividade enzimática (β-glicosidase, desidrogenase, fosfatase e arilsulfatase), a qualidade da MOS e a emissão de CO2 em decorrência da aplicação de fertilizante orgânico composto em Neossolo Quartzarênico recuperado com lodo de esgoto sob espécies nativas da Mata Atlântica. Os tratamentos foram: 10, 20, 30, 40 e 50 Mg ha-1 de fertilizante orgânico com suplementação de K; adubação mineral convencional; dose de K utilizada como suplementação para o composto; e tratamento controle. A coleta das amostras de solo foram realizadas antes da aplicação dos tratamentos e após 6 meses. O solo foi amostrado nas camadas de 020, 20-40, 40-60, 60-80 e 80-100 cm. Nas amostras da primeira (prévia à aplicação dos tratamentos) coleta e após seis meses foram realizadas análise química básica, de micronutrientes, densidade e C orgânico total. Logo após a aplicação dos tratamentos foi quantificada a emissão de CO2 do solo e nas amostras coletadas após 6 meses foram realizados as análises do fracionamento físico e químico da MOS, da atividade enzimática e do C microbiano. O C estocado no solo em cada uma das épocas foi determinado multiplicando-se o teor de C orgânico total pelo volume e densidade do solo de cada camada amostrada do sistema. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os resultados dos tratamentos com as doses de lodo de esgoto e fertilizante orgânico foram analisados por regressão, quando significativo. Nos resultados preliminares, a adição de lodo de esgoto, em sua maior dosagem (20 Mg ha-1) diminuiu o pH do solo e proporcionou um aumento nas demais variáveis analisadas, exceto na densidade do solo, Ca, Mg e SB, que não apresentaram resposta significativa à aplicação dos tratamentos. A quantificação do fluxo de CO2 do solo logo após a reaplicação dos tratamentos com fertilizante orgânico foi significativa até os 60 dias, com maiores emissões nos locais que receberam o composto. Após 6 meses da reaplicação do fertilizante orgânico, observou-se efeito significativo sobre a fertilidade do solo, carbono orgânico total e estoque de C na camada superficial do solo, no fracionamento químico e físico da MOS e nos atributos microbiológicos do solo, exceto na atividade da fosfatase ácida, sendo que as maiores médias foram observadas nos tratamentos que receberam 40 e 50 Mg ha-1 do composto. Assim, a aplicação lodo de esgoto, bem como a de fertilizante orgânico em solos degradados é útil na recuperação de suas características químicas, físicas e biológicas, pois proporciona o aumento dos níveis dos nutrientes, bem como da atividade microbiológica do solo.