Grupo de estudo: uma proposta à (re)significação de alguns saberes da experiência pré-profissional, em relação à Matemática, na formação inicial do pedagogo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Caetano, Richael Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182008
Resumo: A presente pesquisa investigou os limites e as possibilidades de um Grupo de Estudo – alicerçado em elementos teóricos advindos da Epistemologia Genética e dos resultados de estudos acerca da Formação (Inicial) de professores – à (re)significação de alguns saberes da experiência pré-profissional, em relação à Matemática e ao seu processo de ensino aprendizagem, de duas licenciandas em Pedagogia. O referido Grupo de Estudo – pensado enquanto um espaço formativo – visou propiciar: a) a construção de alguns conteúdos matemáticos ainda não aprendidos pelas licenciandas durante a Educação Básica; b) o estudo de alguns tópicos da Epistemologia Genética – desenvolvida por Jean Piaget e colaboradores – visando à compreensão, pelas licenciandas, da gênese e do processo de construção do conhecimento; c) a discussão de conhecimentos e saberes didático-metodológicos e curriculares acerca dos referidos conteúdos matemáticos quando estes se tornam objeto de ensino nos anos iniciais do Ensino Fundamental; d) a reflexão/reeducação em torno de alguns saberes da experiência em relação à Matemática (e ao seu processo de ensino e aprendizagem) construídos pelas licenciandas enquanto alunas da Educação Básica. Para a identificação dos referidos limites e possibilidades, foram elaborados dois estudos de caso considerando-se duas, dentre as sete licenciandas que participaram do Grupo de Estudo. Para a obtenção dos dados, e considerando o fenômeno investigado, fez-se necessária a utilização de diversos instrumentos, a saber: a) questionários; b) escala de atitude; c) discussão de grupo (entrevista informal); d) tarefas matemáticas (do tipo lápis e papel); e) observação participante. Após a análise dos referidos dados, concluiu-se o seguinte a respeito das possibilidades do Grupo de Estudo às (re)significações: a) a Matemática passou a ser concebida/(re)significada enquanto uma ciência possível de ser construída, além de possuir sentido; b) a construção das licenciandas acerca de alguns conhecimentos (do tipo esquemas matemáticos) – referentes ao conteúdos de média aritmética, permutação, arranjo e combinação – colaborou na/para a (re)significação anterior, inclusive para a própria (re)significação acerca do bloco ‘Tratamento da Informação’; c) não há mais, para as licenciandas, um único caminho à resolução dos problemas matemáticos; as ‘fórmulas’ deixaram de representar o ‘tudo ou nada’ para tal resolução, ou seja, sem as mesmas faz-se possível ‘fazer Matemática’; d) o aprender Matemática – antes pautado na aplicação obrigatória das ‘fórmulas’ – agora decorre da ação das licenciandas sobre as situações problema, ação essa significada mediante a elaboração de diversos esquemas. Em relação aos limites do Grupo de Estudo à referida (re)significação, identificaram-se: a) a ainda presença da concepção epistemológica empirista no que se refere à explicação, pelas licenciandas, de como se dá o processo de ensino e aprendizagem da Matemática; b) a não conceituação dos conteúdos matemáticos (média aritmética, permutação, arranjo e combinação) em sua forma final (abstração refletida) representada em linguagem formal.