A concepção de criança para o enfoque histórico-cultural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Souza, Maria Cecília Braz Ribeiro de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/102252
Resumo: Esta pesquisa teórico/bibliográfica busca identificar a concepção de criança no Enfoque Histórico-Cultural. Para dimensionar o significado dessa concepção, buscou-se inicialmente identificar as políticas e os programas educacionais voltados para a criança no Brasil desde o final do século XIX, com a educação dirigida para as crianças das classes economicamente menos favorecidas. Essa educação esteve apoiada em concepções marcadas pela assistência e o protecionismo. A imposição, o autoritarismo e uma educação da subordinação também marcaram as primeiras iniciativas de instituições dedicadas à criança no Brasil, neste período. Durante o século XX até o presente, políticas educacionais continuaram a preconizar uma concepção assistencialista. Na primeira parte desta tese, buscamos identificar, de um modo geral, essas práticas e políticas educativas orientadas para a criança pequena no Brasil com o objetivo de identificar a concepção de criança que as subsidia. Num segundo momento, buscamos os princípios que revelam a concepção de criança presente no Enfoque Histórico-Cultural uma vez que este compreende o ser humano como um ser histórico e cultural que apreende sua humanidade por meio de sua atividade no mundo, e se apropria das qualidades humanas histórica e socialmente construídas por meio das inter-relações com seu entorno - as pessoas e os objetos da cultura e constitui, por essa via, novas formações psíquicas. Nessa perspectiva, fundamentada por esta nova concepção de criança que vemos emergir do Enfoque Histórico-Cultural, a escola infantil adquire uma dimensão intencional na apropriação de saberes, onde o educador tem sua função marcada pela intencionalidade cujo papel é criar na criança os motivos para a apropriação das qualidades humanas.