Influência de espessuras de fibromucosa e de material reembasador de próteses totais na distribuição de tensões sobre implantes cone morse durante fase de osseointegração: análise pelo método dos elementos finitos - 3D

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Araujo, Renan Ceolin [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/234837
Resumo: Durante o período de osseointegração de implantes em uma reabilitação oral com prótese do tipo protocolo ou overdenture, uma prótese total convencional provisória poderá ser utilizada e revestida com materiais reembasadores macios, os quais têm por objetivo reduzir o estresse para a interface osso-implante. A avaliação mecânica de tal situação clínica é de extrema relevância, a fim de se estabelecer protocolos mais seguros durante esta fase inicial da implantodontia. O objetivo deste estudo foi realizar uma análise biomecânica pelo método dos elementos finitos 3D, da distribuição de tensões durante a fase provisória de reabilitação com implantes osseointegrados simulando uma situação clínica de protocolo/overdenture inferior sobre 4 implantes do tipo cone morse, na fase de cicatrização. Para este estudo foram confeccionados 6 modelos 3D, sob carregamento em 2 direções (vertical e oblíquo em relação ao plano oclusal), simulando osso tipo II, variando a altura do tecido gengival (2 mm e 3 mm) e a espessura do material reembasador (0 mm - sem material, 2 mm e 4 mm), sendo utilizado um cicatrizador compatível com a altura + 0,5 mm para cada situação gengival. A posição dos 4 implantes cone morse (UNITITE, UCM 3510N, SIN) foi sempre a mesma, nas posições perdidas dos dentes 46, 43, 33 e 36. Para a altura gengival de 2 mm foi utilizado cicatrizador de 2,5 mm de altura (UNITITE, CIMU 4525, SIN) e para a altura gengival de 3 mm, o cicatrizador de 3,5 mm de altura (UNITITE, CIMU 4535, SIN). Os modelos utilizados foram: (G2C2,5-SR) altura gengival de 2mm, cicatrizador de 2,5mm, sem material reembasador; (G2C2,5-R2) altura gengival de 2mm, cicatrizador de 2,5mm, com soft rreembasador de 2mm; (G2C2,5-R4) altura gengival de 2mm, cicatrizador de 2,5mm, com material reembasador de 4mm; (G3C3,5-SR) altura gengival de 3mm, cicatrizador de 3,5mm, sem material reembasador; (G3C3,5-R2) altura gengival de 3mm, cicatrizador de 3,5mm, e reembasador de 2mm e (G3C3,5-R4) altura gengival de 3mm, cicatrizador de 3,5mm e soft reembasador de 4mm. A metodologia para modelagem se baseou em um escaneamento de superfície de uma prótese total inferior montada, sob um modelo inferior padrão, e de seu modelo de assentamento. As geometrias dos implantes (CM 3,5x10mm) e de seus cicatrizadores foram obtidas por simplificação do desenho dos mesmos no programa SolidWorks e no programa Rhinoceros 3D. O software utilizado para análise foi o ANSYS 17.0. A visualização dos resultados foi qualitativa através de mapas de deslocamento, von Mises e tensão máxima principal. As regiões com maiores deslocamentos foram as dos implantes mais anteriores (#33 e #43), sendo os do modelo 6 submetidos a forças verticais os que apresentaram maiores deslocamentos, próximos a 0,05 mm. A força oblíqua, de forma geral, tendeu a sobrecarregar mais os implantes do lado onde as cargas foram aplicadas. No tecido ósseo foi possível observar que o osso cortical se mostrou com mais concentração de tensão de tração que o osso trabecular. A utilização do material reembasador gerou menores tensões transmitidas para o tecido gengival, concentrando estas tensões principalmente no material reembasador. A não utilização de material reembasador aumenta as concentrações de tensões nos implantes/cicatrizadores, independentemente de sua espessura ou da espessura gengival. Concluiu-se que o uso de reembasador soft diminuiu as tensões nos implantes/cicatrizadores e tecido gengival; o aumento da espessura do material reembasador não influenciou na diminuição das tensões aos tecidos de suporte e tecidos gengivais mais espessos foram favoráveis em diminuir as tensões transmitidas ao tecido ósseo, mas concentram mais tensões nos implantes/cicatrizadores.