Síntese e avaliação biológica de peptídeos contra o SARS-CoV-2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Peiró, Augusto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235294
Resumo: Pandemias como a causada pelo SARS-CoV-2 afetam todos os setores da sociedade trazendo danos difíceis de serem superados. A alta e rápida disseminação da COVID-19 promoveu a saturação de hospitais e centros de saúde, fato que contribuiu para o aumento de mortes em todo o mundo. Diante do atual quadro de pandemia e do grande problema de saúde pública mundial que o vírus SARS-CoV-2 representa, além da necessidade de desenvolvimento de tratamentos eficazes para essa doença e possíveis epidemias/pandemias futuras, é de suma importância o estudo voltado para a identificação de novos compostos com ação antiviral. O presente estudo tem por objetivo sintetizar e avaliar o potencial de dois peptídeos e um bioconjugado contra o SARS-CoV-2. Neste trabalho, estes compostos foram sintetizados, purificados e avaliados quanto a sua atividade antiviral, capacidade de inibição de protease e toxicidade em células Vero. Além disso, estudos de dicroísmo circular e permeabilização de vesículas também foram realizados. Todos os compostos mostraram tendência em estruturar em α-hélice, principalmente em TFE. Os estudos de permeabilização mostraram que os peptídeos AG-M5 e o dímero M5 possuem uma grande capacidade de interagir e permeabilizar a membrana, enquanto que o peptídeo M5 demonstrou uma baixa capacidade de permeabilização. Esses resultados estão de acordo com os dados de citotoxicidade, onde o peptídeo dímero M5 demonstrou ser bastante tóxico, sendo que o peptídeo M5 mostrou a menor citotoxicidade. Os compostos não mostraram atividade antiviral contra o SARS-CoV-2, no entanto, apresentaram atividade inibitória na enzima PLpro. Este fato, pode ser atribuído a baixa capacidade de penetração celular destes compostos. Apesar da falta de atividade antiviral, os compostos avaliados neste projeto podem colaborar no desenvolvimento de novas moléculas visando a inibição da enzima PLpro.