Flavobacterium columnare: caracterização molecular, patogenicidade e perfil de susceptibilidade a antimicrobianos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ferreira, Daniel de Abreu Reis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214156
Resumo: Flavobacterium columnare é uma bactéria oportunista que causa grande impacto na aquicultura mundial. Neste estudo, investigamos as características moleculares, a patogenicidade da bactéria ao pacu, Piaractus mesopotamicus e susceptibilidade antimicrobiana de F. columnare isolada de tilápia-do-Nilo, Oreochromis niloticus. A patogenicidade ao pacu foi avaliada através da infecção experimental por imersão. As características moleculares da bactéria foram determinadas através da técnica PCR-RFLP e sequenciamento de nucleotídeos com análise filogenética do gene 16S rRNA. A susceptibilidade à enrofloxacina (ENRO), florfenicol (FFC), oxitetraciclina (OTC), tianfenicol (TAP) e suas combinações foram avaliadas pelos métodos da microdiluição em caldo e teste de sinergismo, respectivamente. Como resultado, após a infecção experimental, colônias rizóides foram isoladas do rim cranial do pacu, após a realização da técnica da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) para o gene 16S rDNA, confirmando tratar-se de F. columnare. Após análise por PCR-RFLP com a endonuclease Hae III, confirmou-se que a cepa pertence ao genomovar II. A análise filogenética do gene 16S rRNA demonstrou que a cepa de F. columnare está intimamente relacionada ao grupo genético tailandês (GG4), sendo esta a primeira ocorrência desta linhagem no Brasil. Para o teste de susceptibilidade aos antimicrobianos, a cepa foi classificada como tipo selvagem para todos os antimicrobianos testados. Em relação ao sinergismo entre os antimicrobianos, encontramos sinergismo entre tianfenicol e a enrofloxacina (ΣFIC = 0,5), atividade aditiva com a combinação de florfenicol com tianfenicol (ΣFIC = 0,75) e antagonismo na combinação de oxitetraciclina com enrofloxacina. Os resultados deste estudo são importantes para o controle da columnariose na piscicultura brasileira, pois demonstram que apesar da cepa ser altamente virulenta, os antimicrobianos mais utilizados na piscicultura brasileira são eficientes contra ela.