Desenvolvimento de larvicida a partir de nanopartículas de lignina contendo ativos naturais para combate à propagação de arboviroses

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rogerio, Carolina Barbara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/238733
Resumo: Os arbovírus, uma ameaça crítica à saúde humana, causam milhares de infecções anualmente e torna seu controle uma questão de saúde pública mundial. A prevenção de doenças transmitidas por mosquitos está estritamente ligada ao manejo bem-sucedido das populações de vetores. O mosquito Aedes aegypti é conhecido como vetor de arboviroses como dengue, zika, chinkungunya e febra amarela. Apesar de existirem vários métodos alternativos disponíveis, o controle de vetores ainda é amplamente baseado no uso de compostos químicos sintéticos, embora útil no combate ao vetor, tem intensificado a seleção de mosquitos resistentes a estes agentes químicos. O uso de larvicida é um método interessante por impedir o surgimento do mosquito adulto, que devido a sua mobilidade torna mais difícil seu controle. Neste contexto, diversos mecanismos estão sendo estudados para tornar o controle de vetores mais eficiente e seguro. O desenvolvimento de sistemas de liberação modificada, uso de produtos biodegradáveis e utilização de pesticidas botânicos, são exemplos de metodologias que geram menos impacto ao meio ambiente. O presente trabalho apresenta o desenvolvimento (preparo e caracterização) de nanocápsulas poliméricas de núcleo lipídico produzidas a partir de lignina e contendo os óleos de neem (Azadirachta indica) e óleo de rícino (Ricinus communis). Aliado a boa estabilidade em temperatura ambiente, as formulações apresentaram baixo perfil de toxicidade em ensaios de citotoxicidade e genotoxicidade (células HaCaT e Allium Cepa), assim como de ecotoxicidade em organismos não-alvo (Daphnia magna, Danio rerio , Chironomus riparius e Caenorhabditis elegans), sendo que nanocápsulas carregadas com a combinação dos óleos foi a formulação que apresentou maior toxicidade nos ensaios. Ensaios de atividade larvicida em larvas de Aedes aegypti, foi possível determinar concentração letal de 50% das larvas apenas para nanocápsulas carregadas com óleo de neem, sendo CL50 em 3000 mg/L.