Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Siqueira, Tamires Ferreira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154803
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Resumo: |
Introdução: A paralisia de pregas vocais caracteriza-se como uma das principais complicações e sequelas após a tireoidectomia. A técnica convencional compreende a identificação visual do trajeto do nervo para sua preservação e a neuromonitorização do nervo laríngeo recorrente (NLR) durante a cirurgia de tireóide visa a redução do risco de paralisias por injúria ao NLR, porém sua utilidade ainda é discutível. Objetivos: Determinar através de revisão sistemática se o uso da neuromonitorização do NLR durante tireoidectomias realmente apresenta benefícios comparado á técnica convencional de identificação somente do nervo durante a cirurgia, especialmente em termos de redução do risco de paralisia de prega vocal, seja transitória ou permanente. Materiais e Métodos: A pesquisa nas principais bases de dados, MEDLINE via PUBMED, LILACS, SCOPUS, EMBASE, Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL); clinicaltrials.gov e fontes adicionais foi realizada em Maio de 2018. Uma revisão sistemática e meta-análise foram feitas usando o modelo de efeitos fixos. O GRADE foi usado para classificar a qualidade das evidências. Os desfechos primários avaliados foram o total de paralisias do NLR por nervos em risco, paralisias transitórias e permanentes e o tempo de cirurgia comparando-se as duas técnicas. Como desfechos secundário avaliou-se o tempo de cirurgia. Foi realizada análise de subgrupos de pacientes de alto e baixo risco de injuria do NLR. Também avaliamos como análise de subgrupos as paralisias transitórias e permanentes em grupo de pacientes de alto e baixo risco de injúria do NLR. Resultados: Quatro ensaios clínicos randomizados envolvendo 1.379 pacientes submetidos à tireoidectomia utilizando a neuromonitorização ou com a identificação somente do NLR, sendo 2.605 o número total de nervos em risco foram avaliados. A neuromonitorização diminuiu o risco do total paralisias (transitórias e permanentes) de prega vocal em tireoidectomias (RR 0,64; IC 95% de 0,43 a 0,95, I 2 = 30%), assim como diminuiu o risco de paralisias transitórias (RR 0,60; IC 95% de 0,38 a 0,95, I 2 =10%), porém não diminuiu o risco de paralisias permanentes (RR 0,84; IC 95% de 0,36 a 1,93, I 2 = 0%). A análise da média do tempo de cirurgia foi conduzida em dois estudos, entretanto como a heterogeneidade entre os estudos foi maior que 75% a metanálise não foi apropriada para estabelecer a diferença do tempo médio de cirurgia entre os grupos. Quanto a análise de subgrupos, observou-se que a neuromonitorização não diminuiu o risco de paralisias transitórias (RR 0,61; IC 95% de 0,28 a 1,31, I 2 = 0%) e nem o risco de paralisias permanentes de prega vocal em tireoidectomias de baixo risco (RR 1,03; IC 95% de 0,21 a 5,07, I 2 não aplicável). Assim como também não diminuiu o risco de paralisias transitórias (RR 0,75; IC 95% de 0,18 a 3,07, I 2 = 71%) e de paralisias permanentes de prega vocal em tireoidectomias de alto risco (RR 0,69; IC 95% de 0,27 a 1,79, I 2 = 4%). Conclusões: Essa meta-análise utilizando apenas ensaios clínicos randomizados demonstrou que a neuromonitorização do nervo laríngeo recorrente em tireoidectomias possivelmente reduz ligeiramente o risco de paralisia transitória das pregas vocais, mas provavelmente faz pouca ou nenhuma diferença no risco de paralisia permanente. |