Os espaços não ocupados: reflexões sobre as lógicas da expansão territorial nas cidades médias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Nascimento, Agnaldo da Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204144
Resumo: O objeto dessa tese são os espaços urbanos não ocupados. A perspectiva adotada foi a de aprofundar e qualificar o debate sobre esse elemento estruturante das cidades, interpretado através da morfologia urbana. Partimos da forma urbana e avançamos no sentido da configuração do plano e da morfologia urbana, demonstrando que este elemento urbano se apresenta nas cidades de modo significativo e que os usos, funções e conteúdos desses espaços estão atrelados a processos que envolvem dimensões ambientais, sociais, políticas, econômicas etc. É analisadacomo a lógica de produção do espaço urbano é responsável pela conformação e permanência dosespaços não ocupados nas cidades médias. A cidade contemporânea pode ser caracterizada tanto por uma forma espacial dispersa como por uma forma espacial compacta, dependendo da formação socioespacial à qual se vincula. No âmbito da cidade dispersa, a presença e a permanência de espaços não ocupados, impulsionados por processos especulativos colocados em prática pelos agentes da produção do espaço urbano, constituem indicador importante da lógica que orienta a expansão territorial dessas cidades. Os espaçosnão ocupados têm sido cada vez mais debatidos em escala global. Nessa tese, apresentamos produtos cartográficos sobre duas cidades médias brasileiras mostrando que na área compreendida pelo atual perímetro urbano em torno de 40% da área corresponde a espaços não ocupados.As novas lógicas de localização dos grandes elementos da estrutura urbana, tanto residenciais -conjuntos habitacionais -quanto comerciaise de serviços-shopping centers, hipermercados e universidades-, induzem a uma nova forma urbana na qual o espaço não ocupado produz-se e, também, constitui-se como indicador importante na estruturação da cidade. Primeiramente, os processos atrelados à instalação destes novos habitatsurbanos e as novas superfícies comerciais exigem terrenos de grande extensão para instalação física dos empreendimentos. Num segundo momento, o processo de produção dos espaços não ocupados aparece articulado à valorização da área, o que implica, muitas vezes, no interesse dos agentes imobiliários em possuírem outras áreas nas imediações para a reprodução especulativa.