Exigência de nitrogênio e manejo da adubação nitrogenada em cultivares de feijão-comum de ciclo precoce

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Guidorizzi, Fernando Vieira Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183635
Resumo: Conhecimentos sobre a extração e exportação de nutrientes são importantes para definição do manejo da adubação nas culturas agrícolas. O objetivo desse trabalho foi estudar o acúmulo de matéria seca (MS) e o acúmulo de nitrogênio (N) durante ciclo, a produtividade de grãos e a exportação de N por cultivares de feijão-comum de ciclo normal e precoce, bem como as repostas das cultivares de feijão-comum de ciclo precoce aos manejos da adubação nitrogenada de cobertura. Foram conduzidos dois experimentos no município de Botucatu - SP, nos anos de 2016 e 2017, em solo classificado como Nitossolo Vermelho distrófico. No experimento I, foi adotado o delineamento em blocos casualizados no esquema de parcelas subdivididas, com quatro repetições. As parcelas foram compostas por cultivares de feijão-comum [Pérola (ciclo normal), IAC Imperador, IPR Andorinha e IPR Curió (ciclo precoce)] e as subparcelas por sete de amostragens realizadas durante o ciclo da cultura [14, 28, 42, 56, 70, 77 e 84 DAE (dias após a emergência)]. No experimento II, foi adotado o delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos a partir da combinação fatorial 3x7, sendo três cultivares de feijão-comum de ciclo precoce (IAC Imperador, IPR Andorinha e IPR Curió) e sete manejos da adubação nitrogenada de cobertura [M1: testemunha - sem aplicação de N em cobertura; M2: 90 kg ha-1 de N em V3; M3: 90 kg ha-1 de N em V4; M4: 45 kg ha-1 de N em V3 + 45 kg ha-1 de N em R5; M5: tratamento referência para as leituras com clorofilômetro, com 90 kg ha-1 de N em V3 + 90 kg ha-1 de N em R5; M6: tratamento que recebeu aplicação de N (30 kg ha-1) somente quando as leituras do clorofilômetro indicaram índice de suficiência de N < 90%, em relação ao tratamento M5; M7: aplicação de 90 kg ha-1 no dia da semeadura]. No experimento I, as cultivares de feijão-comum apresentaram diferenças para o acúmulo de MS e N durante o ciclo de desenvolvimento. O acúmulo máximo de MS e N na parte aérea das cvs. IAC Imperador, IPR Andorinha e IPR Curió ocorreu antes do que na cv. Pérola. Considerando a média dos anos, os acúmulos máximos de N nas cvs. Pérola, IAC Imperador, IPR Andorinha e IPR Curío foram de 104, 86, 99 e 92 kg ha-1 de N, respectivamente. Dessas quantidades, foram exportados pelas cvs. Pérola, IAC Imperador, IPR Andorinha e IPR Curió 80, 64, 73 e 68 kg ha-1 de N, respectivamente. No experimento II, os manejos da adubação nitrogenada de cobertura influenciaram significativamente na produtividade de grãos das cvs. IAC Imperador, IPR Andorinha e IPR Curió. A adubação nitrogenada de cobertura quando realizada no estádio de desenvolvimento V3 (M2 - 90 kg ha-1 de N em V3) e no dia da semeadura (M7 - 90 kg ha-1 no dia da semeadura), proporcionou às cultivares de feijão-comum de ciclo precoce produtividade de grãos semelhante à obtida com o manejo M5 (90 kg ha-1 de N em V3 + 90 kg ha-1 de N em R5), que recebeu o dobro da dose de N recomendada para a cultura do feijão-comum. Portanto, a adubação nitrogenada de cobertura nas cvs. IAC Imperador, IPR Andorinha e IPR Curió, deve ser recomendada até o estádio de desenvolvimento V3.