A plagiotropia como procedimento de estudo relacional da criação, crítica e método de tradução de Haroldo de Campos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Costa, Ana Carolina Lopes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/136384
Resumo: Este trabalho tem por objetivo um estudo de convergências entre a crítica, a poesia e o método de tradução de Haroldo de Campos. Para tal, propomos a plagiotropia, enquanto conceito de sua crítica, como um vórtice que possibilita diálogos entre os princípios construtivos de sua poesia e de seu método de tradução, articulando, assim, uma proposta que aborda as três frentes de sua produção. A plagiotropia, com o caractere da obliquidade, configura-se como o diferencial, o particular que singulariza os processos de releitura da tradição praticados por Campos. O nosso trabalho divide-se em dois blocos capitulares. Em cada um destes, a discussão foi articulada de maneira que gire em torno do diálogo entre a plagiotropia e uma porção da obra de Haroldo de Campos. No nosso primeiro bloco capitular, “A transgressão luciferina: a tradição vira serpente”, temos uma discussão teórica sobre o que é a plagiotropia, e quais são os caracteres que a configuram. No segundo, “O voo das letras e o pacto do tudo torto: lendo as frestas da tradução”, inspirados por uma leitura metafórica do pacto de Fausto com Mefistófeles, como o pacto do artista com a transgressão, exploramos a poiesis diabólica em Goethe, a relação da obliquidade com a desautomatização, etc., e com conceito de tradução como “transluciferação”. Nosso último capítulo traz um estudo plagiotrópico da tradução das duas cenas finais de Fausto II, de Goethe, vertidas sob a égide da transcriação, por Haroldo de Campos.