Avaliação da eficácia do poli(acrilato de sódio-co-acrilamida) no tratamento de água superficial da represa Cachoeira do França, São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Marques, Diego Gouveia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/238566
Resumo: O tratamento de água para fins de abastecimento é um processo que garante a potabilidade da água e o seu consumo seguro. Muitas vezes, em razão de dificuldades técnicas, como a deterioração da qualidade da água de manancial, reforça-se a necessidade de estudos frequentes, para garantir o seu tratamento efetivo. Paralelamente, a boa prática ambiental é requerida para as empresas do setor, tanto por meio de restrições ou incentivos legais, como através da demanda e oferta para o consumidor ou mesmo, devido a concorrentes do setor que ditam tendências ambientais bem vistas, de modo que esforços para identificar estratégias que possam conduzir a melhorias efetivas do desempenho ambiental são frequentes. Nesse contexto, o presente trabalho buscou avaliar a aplicabilidade do polímero poli(acrilato de sódio-co-acrilamida) reciclado da poliacrilonitrila como auxiliar de floculação, junto ao coagulante cloreto de polialumínio, referenciado neste trabalho como PAC 48, em termos da redução de turbidez de água bruta da represa Cachoeira do França, manancial empregado no abastecimento público. Como resultado, obteve-se que a dosagem do PAC 48 necessária para o ponto isoelétrico de amostras de água bruta de baixa turbidez, abaixo de 10 NTU, foi de 2 e 3 mg L-1, em comparação com 6 mg L-1 de outro cloreto de polialumínio comercial, com ambos os coagulantes sem diferença no teor de alumínio, de valor próximo a 5% de teor de Al. A menor dosagem requerida é interessante do ponto de vista ambiental dada a menor necessidade de alumínio para a reação. Entretanto, a redução da turbidez empregando o PAC 48 no ponto isoelétrico foi menos satisfatória que o outro cloreto de polialumínio comercial disponível, evidenciando a oportunidade do emprego de um polímero, como auxiliar de floculação. A dosagem do polímero foi avaliada em termos do impacto no potencial Zeta e no pH, em faixas de baixa dosagem, de 0 a 5 mg L-1 e de 0 a 125 mg L-1, com valores de potencial Zeta se distanciando do ponto isoelétrico a valores menores que -8 mV em todas as dosagens acima de 1 mg L-1, indicando que a dosagem do polímero deve ser efetuada após um período da coagulação. Empregado o polímero poli(acrilato de sódio-co-acrilamida), observou-se melhora na redução de turbidez na dosagem de 2 mg L-1 em dois experimentos diversos, indicando que o uso do polímero é efetivo, como auxiliar de floculação em dosagens específicas.