Hiperglicemia no perioperatório de pacientes pediátricos submetidos à ressecção de tumores do sistema nervoso central: incidência e prognóstico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Oliveira Filho, Nazel [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/86631
Resumo: Nos últimos anos o interesse na ocorrência de hiperglicemia no perioperatório de pacientes adultos e pediátricos sem o diagnóstico prévio de diabetes vem aumentando. A maioria dos estudos que demonstram associação entre hiperglicemia e complicações no pós-operatório em pediatria foi realizada em crianças vítimas de trauma ou cirurgia cardíaca. Dados referentes à associação entre hiperglicemia e morbidades em crianças submetidas à ressecção de tumores do sistema nervoso central são escassos na literatura. Avaliar a incidência de hiperglicemia no perioperatório de crianças submetidas à neurocirurgia para ressecção de tumores do sistema nervoso central e correlacionar os níveis de glicemia do perioperatório com a ocorrência de complicações no pós-operatório e identificar os fatores de risco para hiperglicemia perioperatória. Dados de prontuários foram coletados em uma ficha padronizada com informações referentes ao procedimento anestésico-cirúrgico e condições perioperatórias dos pacientes. Hiperglicemia perioperatória foi definida como valores de glicemia ≥150 mg/dL. Análise binária multivariável para identificar fatores de risco de hiperglicemia. Efeitos e diferenças foram considerados estatisticamente significativos se p < 0,05. Foram incluídos 109 pacientes no estudo. A incidência de hiperglicemia foi de 2,9% no pré-operatório, 10,4% no intra-operatório, 42,4% na admissão da UTI e 52,8% considerando a média das glicemias nas primeiras 24h. Níveis mais elevados de glicemia na admissão da UTI (164,2 ± 36,4 e 144,8 ± 42,7 / p=0,004) e nas primeiras 24h (145,3 ± 19,7 e 137,0 ± 25,5 / p= 0,047) foram observadas nos pacientes que cursaram com complicações no pós-operatório. Os pacientes que apresentaram hiperglicemia na admissão da UTI tiveram um maior tempo de internamento na...