Cultivo de Landoltia punctata na remoção de desreguladores endócrinos e no polimento de esgoto sanitário em lagoa com recirculação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Zanetoni Filho, José Antônio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182218
Resumo: A situação de escassez de recursos financeiros destinados ao tratamento e coleta de esgotos municipais, no Brasil, torna essencial a busca por tecnologias de tratamento que priorizem baixos custos de instalação e operação. Além da negligência que existe no tratamento de esgotos, os métodos utilizados, muitas vezes, não são capazes de remover os micropoluentes que estão presentes nos esgotos domésticos. Os micropoluentes podem ser desde fármacos, que são expelidos na urina ou descartados de maneira inadequada, a hormônios naturais ou sintéticos. Esse trabalho consistiu em realizar um processo de polimento do esgoto sanitário da cidade de Ilha Solteira – SP. O sistema de polimento é constituído por dois tanques, onde foi cultivada a macrófita Landoltia punctata. Foi também avaliado e feito a recirculação do efluente, no tratamento de esgoto. Neste sistema de polimento, foram avaliadas as eficiências de tratamento para os parâmetros de DBO, DQO, NT, NO3-, PT e ST. As maiores eficiências de remoção para DBO, DQO, NT, NO3-, PT e ST foram de 66,35%, 59,08%, 26,76%, 28,38%, 6,85% e 40,08%. Outro aspecto avaliado foi a taxa de crescimento da macrófita cultivada em esgoto sanitário. As maiores taxas de crescimento relativo foram de 3,84 e 3,17 g.m-2.d-1 MS. Considerando a presença de desreguladores endócrinos (DEs) no efluente da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Ilha Solteira, foi analisado a absorção dos estrógenos 17α-etinilestradiol (EE2) e o estriol (E3) pela macrófita, avaliando possíveis riscos no reaproveitamento dessa biomassa. As eficiências máximas alcançadas para remoção do E3 e EE2 foram de 83,63% e 83,50%, respectivamente. O tanque com recirculação foi maior efetivo na remoção do E3, enquanto que o tanque sem recirculação alcançou maiores eficiências de remoção de EE2. Os maiores valores de concentrações na biomassa das plantas foram de 1,52 µg.g-1 para o E3 e de 2,37 µg.g-1 para o EE2. Pode-se considerar que as taxas de crescimento relativo foram satisfatórias, mesmo com a utilização de um meio de cultivo diluído e pobre em nutrientes. A presença dos DEs no esgoto sanitário utilizado descarta a possibilidade de reaproveitamento de uma biomassa rica em proteína (33,57%), além de apresentar efeitos tóxicos na produção de biomassa da planta.