A estética do grotesco em Harmada e A céu aberto, de João Gilberto Noll

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Neviani, Marcos Rafael da Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/94165
Resumo: Esta dissertação propõe-se a discutir a configuração e articulação da estética do grotesco presente nos romances Harmada (2003) e A céu aberto (2008), de João Gilberto Noll. Para tal fim, o trabalho desdobra-se a compreendê-los, primordialmente, a partir de seus narradores-personagens que se pautam por características opostas ao heroísmo – quando se pensa no papel de personagens que executam – e que se distanciam da estrutura usual de uma narrativa – pensando-se na posição de narradores por eles ocupada. Dessa forma, com base nos pressupostos teóricos apresentados por Walter Benjamin acerca do narrador, bem como nas postulações de Hall, Jameson e Eagleton, sobre a identidade do sujeito pós-moderno, evidenciaremos a maneira com que, em Noll, a estrutura e o conteúdo dos romances questionam à narrativa tradicional e dão margem a uma leitura que revela a “crise” da narrativa e do sujeito, por meio do processo de esvaziamento desses narradores-personagens. Compreendendo-se, a partir de autores como Kayser, Bakhtin, Hugo e Sodré, os pressupostos teóricos do grotesco, verificar-se-á como ele reúne em si o corpo e a voz desses protagonistas, tornando-se um elemento estético que articula forma e conteúdo, deixando de ser apenas um elemento temático, para mostrar-se, também, como procedimento literário