Influência da alteração do escore de condição corporal e de hormônios metabólicos pós-parto na eficiência reprodutiva de vacas nelore inseminadas em tempo fixo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Carvalho, Rafael Silveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
ECC
BHB
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152347
Resumo: Para entender melhor a influência da nutrição na eficiência reprodutiva de vacas Nelore lactantes, utilizou-se o seguinte experimento: 593 primíparas, 423 secundíparas e 893 multíparas Nelore lactantes foram sincronizadas com 38,3 ± 0,4 DPP, utilizando protocolo de IATF à base de P4/E2, e inseminadas 49,2 ± 0,3 DPP. Trinta dias após IATF foi realizado DG para ressincronização das vacas não gestantes, e 30 dias após termino da EM um segundo DG foi realizado. O ECC das vacas foi avaliado no parto, na IA e no DG. O peso corporal das matrizes foi mensurado na IA e no DG, e o peso corporal dos bezerros no desmame. Foram colhidas amostras de sangue de 535 vacas (sendo, 38% de primíparas, 24% de secundíparas e 38% de multíparas) após o parto (21 ± 0,4 DPP), na IA e no DG para dosagem das concentrações séricas de IGF-I e BHB, por ELISA. Os dados do experimento foram analisados através do programa SAS® 9.4 (SAS Inst., Cary, NC). O efeito de DPP sobre o ECC se comportou de maneira diferente de acordo com a paridade, em que as secundíparas e as multíparas começaram a se recuperar entre 20 e 60 DPP e as primíparas seguiram perdendo ECC até 80 DPP (P < 0,0001). Um maior ECC ao parto melhorou os resultados reprodutivos durante a EM, em diferentes intensidades de acordo com ECC e com a paridade (P < 0,05). Não foi identificado o efeito da alteração de ECC entre o parto e a IA nos resultados da primeira IATF (P > 0,26). Maior ECC na inseminação melhorou a taxa de prenhez à primeira IATF, independente da paridade (P < 0,08). Houve efeito positivo do aumento do ECC pós-IATF na taxa de prenhez à primeira IATF (P < 0,07), exceto em multíparas com ECC ≥ 2,75 na IA, onde houve efeito quadrático com baixa variação dos resultados (P < 0,02). As concentrações séricas de IGF-1 influenciaram de forma quadrática em primíparas no pós-parto e IA, em secundíparas no DG e em multíparas na IA a taxa de prenhez à primeira IATF (P < 0,05). As concentrações séricas de BHB demonstraram ter baixa influência na probabilidade de prenhez à primeira IATF. A alteração negativa do ECC das vacas nos primeiros 80 DPP, independente do ECC no parto ou paridade, aumentou o peso dos bezerros no desmame (P < 0,05). Adequado ECC ao parto, por si só, não foi capaz de garantir altos índices produtivos em todas as situações, no entanto demonstrou ser fundamental para garantir boa eficiência dentro do sistema de cria, devido à dificuldade em se ganhar ECC no pós-parto.