Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Fante, Karime Pechutti [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/191025
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Resumo: |
Nos últimos anos as mudanças climáticas têm sido foco de diversas pesquisas de cunho científico e político principalmente após as publicações dos relatórios desenvolvidos pelo IPCC. Segundo o grupo, e fato incontestável para muitos pesquisadores, as mudanças climáticas deverão aumentar consideravelmente o número e intensidade dos eventos meteorológicos extremos. Contudo, tais repercussões não ocorrerão em todos os espaços e com intensidades equivalentes. Cada grupo de acordo com o seu poder aquisitivo, forma organizacional, processo histórico e cultural percebem a eminência do risco de modo singular e, da mesma forma, em um futuro próximo, responderão de modo desigual a partir de mecanismos capazes de se precaverem com maior ou menor resiliência à essas repercussões. Diante desta discussão esta pesquisa teve o objetivo de analisar e pesquisar as repercussões dos eventos extremos, associados a temperatura (frio e calor) e condições de conforto térmico humano e bairros com diferentes padrões socioeconômicos na cidade de Presidente Prudente. A hipótese dessa pesquisa é que a população residente nos setores menos valorizados e mais segregados socio-economicamente é também a camada mais vulnerável e afetada, negativamente, por essas ocorrências extremas e com impactos significativos no conforto térmico e saúde. Para contemplar este universo de análise a pesquisa é composta por três vertentes principais: análise dos eventos extremos de frio e calor e a influência na biometeorologia humana por meio do conforto e desconforto térmico; análise dos eventos de ondas de calor e frio e a repercussão na cidade de Presidente Prudente; a vulnerabilidade, adaptação e impactos na saúde da população urbana. Os resultados indicam que desde 1961 a cidade de Presidente Prudente tem verificado um aumento no número de situações desconfortáveis especialmente associadas ao calor (desconforto térmico e ondas de calor). Verificou-se que os meses em que a população mais sofre com as ondas de calor são aqueles característicos da primavera e verão, sendo este último responsável por situações de extremo durante o dia e a noite. Para esse contexto a população mais vulnerável, desprovida de aparelhos tecnológicos, é impedida de se recuperarem do stress gerado pelo corpo humano nos mecanismos de resfriamento corporal e, portanto, são aquelas que mais sentem os agravos negativos da relação sociedade-natureza. De modo geral a população recorre ao auxílio dos meios técnicos como ventiladores, mas que nem sempre são suficientes para evitar a ocorrência de mal estares subnotificados como o cansaço e irritabilidade. |