Nadando contra a maré?: o trabalho do assistente social dos CREAS de Franca/SP com famílias abandonadas ante o risco da destituição do poder familiar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Faleiros, Maria Carolina de Pádua Pinto Naques
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182569
Resumo: Esta pesquisa busca conhecer o trabalho social realizado pelos assistentes sociais das duas unidades do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) do município de Franca/SP que atendem a famílias sob o risco de terem o poder familiar destituído. O método de análise eleito foi o materialismo históricodialético, que permite a apreensão das contradições do movimento do real e busca enxergar além do que se vê de imediato na essência das coisas. A pesquisa foi do tipo documental, bibliográfica e de campo, com a realização de grupo focal com as profissionais assistentes sociais do CREAS Centro e do CREAS Moema, para a obtenção dos dados. O capítulo I traz uma caracterização da cidade onde a pesquisa se realizou, os detalhes da coleta de dados, o perfil das participantes e a metodologia adotada. No capítulo II, a pesquisa discorre sobre a origem do termo poder familiar, substituto do antigo pátrio poder, expondo o caminho percorrido no tempo histórico desde 450 a.C. Também faz referência ao que se entende por famílias abandonadas e às principais expressões da questão social por elas vivenciadas, como insegurança habitacional e alimentar, desemprego, doenças, violência intrafamiliar e estrutural. Por fim, apresenta os dados coletados no grupo focal sobre o trabalho profissional com essas famílias, explicitando as falas das participantes da pesquisa e realizando breves análises. No capítulo III, são apresentados os resultados desta investigação, indicativos de que as assistentes sociais do CREAS de Franca possuem clareza quanto à autonomia de sua atuação profissional e entendem ser necessária e urgente uma mudança na forma de atuar, pois da forma como se acha estruturado e articulado o trabalho entre CREAS, Conselho Tutelar e Poder Judiciário, as famílias não são atendidas em suas necessidades, mas sim violentadas pelo poder estatal, que obedece aos mandos da classe dominante, em desfavor da classe dominada.