Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Lara, Natália Oliveira Totti de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/147072
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Resumo: |
Em ambientes tropicais, a disponibilidade hídrica é um dos principais fatores que interferem na atividade cambial das espécies vegetais. Estudos recentes, em campo, indicam também o comprimento do dia e a temperatura como sinalizadores importantes da atividade cambial nestas espécies. Este estudo experimental visa contribuir para o entendimento da influência dos fatores abióticos, água, comprimento do dia e temperatura, na atividade cambial em plantas com um ano de idade de Cordiera concolor (Cham.) Kuntze (Rubiaceae). A espécie, sempre-verde e arbustiva, é nativa, comum no cerrado paulista, e possui camadas de crescimento demarcadas por faixas marginais de parênquima axial. Realizamos dois experimentos (n=45 plantas cada um), sob regime hídrico controlado e sob comprimento do dia e temperatura naturais, um no início da primavera, quando o fotoperíodo aumenta de 11 para 12 horas e a temperatura média é de 19,9ºC e outro no final do verão, quando o fotoperíodo diminui de 12 horas para 11 horas e a temperatura média é de 23,9ºC, ambos durante cinco semanas. Cada experimento continha os mesmos três tratamentos hídricos, com 15 plantas cada, obtidos a partir de uma curva de retenção hídrica de solo de cerrado sensu stricto: saturação hídrica (21% de umidade), capacidade de campo (8% de umidade) e deficiência hídrica (3% de umidade). Ao final de cada semana, sorteamos três plantas de cada tratamento e coletamos a região mais desenvolvida do eixo caulinar. Obtivemos secções transversais e longitudinais tangenciais e radiais seriadas para análise da atividade cambial. Atribuímos presença/ausência da atividade cambial através da visualização de figuras mitóticas e paredes recém-formadas observadas na zona cambial. Para a avaliação das paredes recém-formadas, amostramos quinze fileiras sequenciais radiais na zona cambial e contamos todas as paredes recém-formadas localizadas nesta região. Analisamos os dados a partir de modelos lineares generalizados (GLM) o que nos permitiu observar que no início da primavera, independentemente da quantidade de água, a atividade cambial é intensificada com o aumento do fotoperíodo. No final do verão, a quantidade de água influencia na atividade cambial, onde observamos que (i) as plantas submetidas à saturação hídrica apresentaram atividade cambial que se prolongou ao longo das semanas; (ii) as plantas em capacidade de campo entraram em dormência ao longo das semanas e (iii) as plantas em deficiência hídrica apresentaram dormência cambial desde a primeira semana. A temperatura não foi um sinalizador importante para a atividade cambial em nenhum dos dois períodos. Adicionalmente observamos a formação e a diferenciação das células parenquimáticas que compõem a faixa marginal no início do período de atividade cambial, sendo esta, portanto, inicial. Concluímos que a disponibilidade hídrica não influencia a atividade cambial no período em que o comprimento do dia aumenta ao longo das semanas. Já, no período em que o comprimento do dia diminui, a água tem maior influência nas plantas, modificando a relação da dormência cambial com o comprimento do dia. |