Formação Continuada em Serviço para professores da educação infantil sobre o brincar

• Ano de defesa: 2016
• Autor(a) principal: Sant´Anna, Maria Madalena Moraes [UNESP]
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Educação Especial; Educação Infantil; Formação Continuada em Serviço; Terapia Ocupacional; Special education; Childhood education; In-Service Training Program; Occupational therapy
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/136356

O brincar e as brincadeiras na infância são atividades significativas para alcançar o processo de aprendizagem da criança e a atuação do professor com o público-alvo de Educação Especial na educação infantil deve ser realizada com parcerias colaborativas e reflexivas entre os profissionais da Saúde e Educação. Este estudo teve como objetivo elaborar uma Formação Continuada em Serviço para professores da Educação Infantil, para o ensino comum das escolares regulares do ensino público, focando as brincadeiras de crianças público-alvo da Educação Especial. Foram desenvolvidas estratégias que facilitaram a participação e o aprendizado nas brincadeiras propostas no planeja¬mento pedagógico do professor, por meio do conhecimento de como esta criança brinca na escola e em sua casa, a partir de um Projeto Pedagógico individualizado (PPI), com ênfase na necessi¬dade de garantir o espaço lúdico para este público-alvo no centro de educação infantil municipal (CMEI). Os procedimentos metodológicos foram baseados no Método Desenvolvimento, que envolveram quatro fases operacionais: 1) Análise do Contexto, 2) Concepção do Objeto, 3) Prepa¬ração e 4) Desenvolvimento. Na Fase Operacional 1, participaram três crianças, uma mãe e dois pais, uma auxiliar de supervisão, uma diretora, todos de uma mesma CMEI, e 34 professores de seis CMEI do município que atuavam com o público-alvo da Educação Especial, sendo identifi¬cada a percepção sobre o brincar, estratégias e recursos utilizados pelo professor para conhecer e mediar as capacidades e o interesse da criança em brincar, por meio de entrevistas e de filmagem da atuação do professor com as crianças nas brincadeiras em três contextos escolares: sala, pátio e com o brinquedo trazido de casa. Nas Fases Operacionais 2 e 3, participaram duas crianças, oito professores, uma auxiliar de supervisão e uma diretora. Foram usados os dados advindos da 1ª e 2ª entrevistas e dez filmagens iniciais da atuação da professora. Foi verificada a falta de estratégia da professora, inviabilizando o incentivo ao interesse e a redução da dispersão para melhorar o envolvimento nas brincadeiras. Na Fase Operacional 4, que correspondeu à Formação Continuada em Serviço, foi realizada a filmagem da atuação da pesquisadora junto à professora em sala, com reu¬niões, inicialmente, semanais e, posteriormente quinzenais, com as duplas de professoras das duas crianças. Na perspectiva de elaborar estratégias conforme as habilidades e as competências das crianças do público-alvo da Educação Especial desenvolveu-se o PPI para viabilizar a redução da assistência do professor e aumentar a participação das crianças nas brincadeiras. Concluiu-se que este modelo de Formação Continuada em Serviço, baseado nas necessidades individuais do público-alvo da Educação Especial, bem como sustentado no dia a dia do contexto escolar para alcançar um autogerenciamento do professor para a elaboração do Planejamento Educacional Individualizado, deve ser realizado em cinco etapas: 1) Conhecer a demanda do professor; 2) Identificar as necessidades do público-alvo da Educação Especial na perspectiva da família; 3) Atuar juntamente com o professor em sala nas atividades em que ele tenha dificuldade; 4) Elaborar um planejamento Pedagógico Individualizado a partir das compe¬tências das crianças; 5) Construir estratégias para as situações planejadas para facilitar o processo ensino-aprendizagem.