A realidade-ficção do discurso televisivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Dela-Silva, Silmara Cristina [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/86583
Resumo: O objetivo deste trabalho é realizar, com base na teoria e nos métodos adotados pela escola francesa da Análise do Discurso, uma análise de discursos que compõem mesmos trajetos temáticos, formulados em telejornais e telenovelas, programas que têm como proposta apresentar, respectivamente, o factual e a ficção na televisão. Como objetos de análise, foram selecionados a telenovela O Clone, de Glória Perez (transmitida entre os meses de outubro de 2001 e junho de 2002, no horário das 20 horas, pela Rede Globo de Televisão) e o Jornal Nacional, exibido diariamente pela mesma emissora. No corpus selecionado, foram identificados para análise três trajetos temáticos - falsificação e contrabando de mercadorias, uso e tráfico de drogas e clonagem. Com o emprego do método lingüístico e histórico, que busca descrever as sistematicidades lingüísticas e as regularidades discursivas no corpus selecionado, estabelecendo as relações entre a língua, a história, o sujeito e o dizer, a análise identifica como se constituem sentidos para a realidade e a ficção nesses discursos televisivos. A análise do processo discursivo dos três trajetos temáticos permite afirmar que telejornal e telenovela, embora tenham objetivos distintos e estruturas diferenciadas, constituem discursos complementares, por meio da atualização de uma memória comum e da formulação em mesmas formações discursivas. No discurso que reúne realidade e ficção, os programas analisados buscam o sentido único com o predomínio da paráfrase sobre a polissemia, o emprego de mesmas designações e formações imaginárias comuns sobre os sujeitos do discurso.