Efeito da aplicação de ácido húmico sobre o crescimento de soja e sobre o microbioma edofítico em condições de restrição hídrica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: da Silva, Maura Santos Reis de Andrade [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235148
Resumo: Bactérias promotoras de crescimento vegetal (BPCV) e ácidos húmicos (AH) são opções promissoras para reduzir o uso de fertilizantes minerais, bem como, melhorar a resposta de plantas a estresses. E embora muitos estudos tenham demonstrado os efeitos de BPCV e AH separadamente, poucas informações estão disponíveis sobre as respostas das plantas à aplicação combinada desses bioestimulantes em leguminosas, como a soja. Ademais, são praticamente inexistentes estudos que abordem os efeitos que AH exerce sobre a comunidade microbiana endofítica de plantas, e como esta relação afeta o crescimento, desenvolvimento e proteção vegetal a estresses. Neste contexto, esta tese teve o objetivo de avaliar o efeito de K-humato [KH](AH comercial) sobre a soja e seu simbionte. Para isso, diferentes doses de KH foram testadas em semente de soja inoculada com Bradyrhizobium, com intuito de observar se este composto aumenta a sobrevivência do inoculante em semente e se favorece o desenvolvimento radicular e por conseguinte, a nodulação e incremento de N na planta. A concentração de 50 mg KH L-1 foi a mais promissora e foi capaz de proporcionar maiores incrementos sobre a nodulação (número e massa de nódulos), biomassa, teor de N na parte aérea e sobrevivência do inoculante na semente, em relação ao controle. Adicionalmente, foi avaliado o papel de AH de diferentes compostos orgânicos, a saber: vermicomposto e gongocomposto, sobre o crescimento da soja e a modulação de sua microbiota sob déficit hídrico. O material vegetal foi processado para a obtenção de comunidades microbianas endofíticas. Os marcadores filogenéticos de bactérias (16S rRNA) e fungos (ITS) foram amplificados e sequenciados por tecnologia Illumina. Foi observado que em ambas as condições ambientais, os AH estimularam mais o crescimento da soja que o controle. A composição bacteriana em folhas se distinguiu com aplicação de AH, dando origem a dois grupos distintos: um formado pelo tratamento controle e outro, pelos tratamentos com os AH. Na presença de estresse, a composição bacteriana se diferiu entre os três tratamentos. Não foi observado diferenças sobre a composição da comunidade fúngica perante a utilização de AH. Táxons microbianos foram diferentemente abundantes (DA) nas plantas. Sendo a fração fúngica, mais afetada por AH em raízes estressadas. As comunidades microbianas estimuladas na presença de AH parecem estar relacionadas com a promoção direta e indireta do crescimento vegetal.