Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Habermann, Leonardo [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181585
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Resumo: |
A maioria dos estudos que abordam os sistemas petrolíferos da Bacia de Campos se restringe a análises de âmbito regional, enfocando a delimitação de áreas propícias à geração de hidrocarbonetos. Neste contexto, o presente trabalho visa apresentar uma avaliação qualitativo-quantitativa, em escala local, dos sistemas petrolíferos identificados na porção sudoeste da Bacia de Campos, representada por oito campos petrolíferos. Inclui a caracterização petrofísica e dos mecanismos responsáveis pela formação dos principais plays locais, bem como a delimitação dos pod’s de geração e estimativa do volume de hidrocarbonetos gerados. O banco de dados utilizado consiste nos perfis geofísicos e pastas de 45 poços, bem como 50 linhas 2D, totalizando 876 km lineares de dados sísmicos. Para o desenvolvimento deste trabalho, foi elaborado o Modelo Estratigráfico-Estrutural da região, que inclui: interpretação e correlação dos níveis estratigráficos e elaboração de seis seções estruturais; correlação rocha – perfil para delimitação dos possíveis intervalos geradores; análise petrofísica e avaliação da rocha geradora; e interpretação do arcabouço sismoestratigráfico. Em seguida, utilizou-se um modelo de velocidades para conversão tempo - profundidade das feições delimitadas nos dados 2D, possibilitando a confecção dos mapas de contorno estrutural e isópacas, em profundidade, para os níveis estratigráficos de interesse. A segunda etapa, denominada Análise de Sistemas Petrolíferos, envolve a delimitação dos pod’s de geração locais, com base em dados de isópacas, contorno estrutural, COT e gradiente geotérmico, comparados a estudos tradicionais acerca do tema. Estes dados são então utilizados para o cálculo do volume de hidrocarbonetos gerados. O Modelo Estratigráfico-Estrutural permitiu identificar três sistemas petrolíferos: Lagoa Feia/Coqueiros – Lagoa Feia/Coqueiros (!), Lagoa Feia/Coqueiros – Quissamã (!) e Lagoa Feia/Coqueiros – Carapebus (!), este último subdividido em três idades (Cretáceo Superior, Eoceno Médio e Oligoceno Inferior). O intervalo gerador (Coquina Superior) apresenta valores de COT entre 0.52 e 2.1%, espessuras entre 30 e 120 m, além de valores de R0 entre 0.33 e 0.63. Com base na integração dos dados obtidos e trabalhos selecionados, foram estabelecidos dois cenários de geração: o primeiro (P50) inclui o intervalo da Coquina Superior abaixo de 3500 m, representando todo o extremo leste da região estudada, enquanto o segundo (P90) considera geradoras apenas as rochas situadas abaixo de 4000 m, equivalentes a áreas ao extremo ENE dos campos. O volume de hidrocarbonetos calculado para o P50 foi de 9.5 x 108 boe, ao passo que o P90 resultou em 8.05 x 106 boe. Estes montantes representam, respectivamente, apenas 12.7% e 0.11% do volume in place estimado para os campos estudados, evidenciando o baixo potencial gerador local. Em relação aos reservatórios, destacam-se os carbonatos da Formação Quissamã, com Ф entre 21 e 29% concentradas em altos estruturais, indicando predomínio de mecanismos estruturais na formação deste tipo de oportunidade exploratória. Em contrapartida, uma associação entre fatores estratigráficos (variação faciológica, presença de superfície erosiva) e estruturais (horsts e feições dômicas locais) controlam a distribuição dos principais plays associados aos turbiditos eocênicos e oligocênicos, cuja Фe varia entre 16 e 24%, e as médias de Net to gross situam-se entre 65 e 98%. |