Resistência anti-helmíntica da ivermectina em equinos no Estado de São Paulo - Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Favare, Giordani Mascoli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255085
Resumo: O uso indiscriminado de drogas no controle de helmintos gastrintestinais pode levar ao surgimento da resistência anti-helmíntica, o que representa um problema crescente para a saúde, bem-estar e produtividade dos equinos. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a eficácia anti-helmíntica da ivermectina em equinos naturalmente infectados na região oeste do estado de São Paulo. No período de maio de 2021 a abril de 2022 foram avaliadas 12 propriedades de criação de equinos, utilizando 123 equinos (7 a 14 animais por propriedade) adultos Parasitodos por helmintos gastrintestinais, que não receberam tratamento anti-helmínticos a pelo menos 60 dias. Os animais foram tratados com ivermectina 1,87% (Eqvalan® Merial), administrado por via oral na dose recomendada pelo fabricante conforme o peso (0,2 mg/kg). Foram realizadas coletas de fezes individuais diretamente da ampola retal para contagem de ovos por grama de fezes (OPG) e coprocultura para posterior identificação das larvas infectantes no dia do tratamento anti-helmíntico (D0) e 14 dias após (D14) para avaliação da redução de OPG (R-OPG) em cada propriedade. Os dados obtidos foram submetidos à análise da eficácia individual do tratamento por meio do programa Shiny-egg Counts R version 3.6.1, sendo confirmada presença de resistência anti-helmíntica quando a porcentagem de R-OPG foi menor que 95%, e quando o limite de confiança inferior [LCI] foi menor que 90%. A média geral do OPG inicial nas 12 propriedades foi 991 ovos por grama de fezes. Pôde-se observar que em cinco propriedades a R-OPG foi inferior a 90% (70% [56]; 87% [74]; 6% [0]; 46% [30] e 89% [83]), em três propriedades entre 90% a 95% (92% [86]; 91% [86] e 91% [76]) e em quatro propriedades igual ou superior a 95% (95% [91]; 99% [98]; 98% [93] e 99% [96]), após o tratamento com ivermectina. Nas culturas de fezes foram identificadas larvas infectantes de pequenos estrôngilos em todas as propriedades e em somente quatro propriedades, também grandes estrôngilos no D0. Já no D14 foram encontradas somente larvas de Ciatostomíneos em todas as propriedades. Os resultados obtidos apontam a presença de resistência dos Ciatostomíneos à ivermectina na maioria das propriedades avaliadas, contudo apresentando eficácia para grandes estrôngilos.