Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Stanski, Gilson |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181436
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Resumo: |
Compreender os processos que determinam a riqueza de espécies é essencial para entender a estruturação espacial e o funcionamento das comunidades. Assim, o objetivo desse estudo foi analisar a riqueza e a diversidade de ermitões nas regiões de Macaé (RJ), Ubatuba (SP) e Cananéia (SP) e verificar quais os fatores ambientais influenciam na vida das espécies. Os animais foram coletados mensalmente em profundidades de 5 a 20m, com um barco camaroeiro. Macaé apresentou 332 indivíduos (3 spp), Ubatuba 674 indivíduos (8 spp) enquanto que em Cananéia ocorreram 498 indivíduos distribuídos em 7 espécies. Ubatuba e Cananéia apresentaram 6% de diferenciação (Jaccard), Ubatuba e Macaé 45% e Cananéia e Macaé 40%. A alta riqueza em Ubatuba atribui-se por ser uma região de transição faunística. Já Cananéia demonstra baixa diversidade, embora segunda maior riqueza, devido ao expressivo aporte de água doce junto ao transporte de material orgânico em suspensão nesta região, o que favorece a presença de espécies dominantes filtradoras e tolerantes a baixa salinidade, como Isocheles sawayai. Além da maior riqueza, Ubatuba apresentou índices de diversidade (H'=1.64) e equitabilidade (E=0.78) elevados, o que evidencia baixa dominância, como constatado no índice de Berger-Parker (D=0.34). Em contrapartida, Macaé apresentou os índices menores de diversidade (H'=0.89) e equitabilidade (E=0.61), consequentemente com maior dominância (D=0.58), constatando-se a presença expressiva de Loxopagurus loxochelis com padrão de ocorrência em águas mais frias, por ser uma região sob a influência da ressurgência de Cabo Frio-RJ. A temperatura foi o principal fator ambiental que apresentou influência na presença das espécies. Outro fator que pode explicar a diferença de riqueza e diversidade entre as regiões é a abundância de conchas de gastrópodes disponíveis aos animais, as quais são vitais para a vida do ermitão. Das conchas de gastrópodes, Macáe apresentou a menor riqueza com a apenas 13 espécies, inferior a Cananéia (21 espécies) e Ubatuba com 33 espécies. Portanto, os processos ambientais e biológicos regionais influenciam o padrão de diversidade dos ermitões estudados. |