Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, Priscila Carla [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/152002
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Resumo: |
A escola, como um espaço de socialização e de transmissão do conhecimento historicamente acumulado, assume um importante papel na construção da identidade do adolescente, tanto no que se refere à reposição de identidades estigmatizadas, como nas possibilidades de ressignificações com sentido emancipador. Assim, amparado nos pressupostos teórico-metodológicos da perspectiva histórico-cultural, na qual a singularidade é entendida como um produto da história das condições sociais e materiais do indivíduo, esse estudo tem por objetivo compreender, por meio do método do materialismo histórico dialético, a construção da identidade de adolescentes autores de atos infracionais e o papel da escola nesse processo. Trata-se, portanto, de um estudo qualitativo, que se utilizou de três principais fontes de coletas de dados, quais sejam: os registros dos Livros de Ocorrência Escolares (LOE) das escolas, os processos judiciais disponibilizados pela Vara da Infância e Juventude, bem como as entrevistas semi-estruturadas com os adolescentes. A análise dos dados, por sua vez, foi feita a partir de núcleos de significação apreendidos nos discursos dos adolescentes, em conjunto com a análise documental de dados já coletados por uma pesquisa maior, da qual o presente estudo faz parte. Os dados da pesquisa demonstraram que a escola é um lugar, para maioria destes adolescentes, de reposição de identidade estigmatizada, que sitentiza, antes do ato infracional, na figura do aluno problema e após o ato na figura de aluno infrator. Outras possibilidades de identidades com sentido emancipador lhes são, muitas vezes, negadas. Isso demonstra, portanto, o importante papel mediador da escola na constituição da identidade dos adolescentes autores de atos infracionais, tanto no sentido de repor identidades estigmatizadas por meio de preconceitos e estigmas, como de possibilitar identidades emancipadoras, de maneira a transformar e ressignificar suas trajetórias escolares negativas. |