Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Correa, Amanda Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/194146
|
Resumo: |
Os ecossistemas de água doce abrigam grande biodiversidade como também são essenciais para a vida dos seres vivos e para as atividades humanas, logo, as ações de monitoramento atuam como uma forma de investigação, podendo subsidiar ações em prol da conservação da natureza além de ações que envolvem o planejamento e o gerenciamento dos recursos hídricos, deste modo, este estudo visa compreender como o as características limnológicas dos canais afluentes que deságuam dentro da área do Parque Estadual do Aguapeí (PEA) se relacionam com as variáveis limnológicas do canal principal do rio no trecho estudado. As amostragens nas águas superficiais ocorreram nos meses de dezembro de 2018 e abril de 2019. As etapas realizadas consistiram em processar as análises de uso e cobertura da terra através da elaboração de mapas, a análise de variáveis climatológicas, hidrológicas e limnológicas foram processadas por intermédio de trabalho de gabinete, trabalho de campo, trabalho em laboratórios, as análises de correlação entre o uso e cobertura da terra sobre as características limnológicas foram realizadas por meio de ferramentas estatísticas. As classes encontradas nas bacias hidrográficas analisadas foram: agropastoril, cultura temporária/cana-de-açúcar, solo exposto/cultura temporária, vegetação natural e a área urbanizada. O ordenamento das classes de uso do solo e cobertura da terra nas bacias hidrográficas dos córregos Nova Palmeira, Independência e Volta Grande se mostrou similar, tendo menos de 20% de cobertura vegetal natural e tendo como classe predominante a cultura temporária da cana-de-açúcar ocupando em torno de 70% da área das três bacias hidrográficas. A análise espacial das variáveis limnológicas ordenou os ambientes amostrados em dois grupos, o grupo dos afluentes foi caracterizado pelos maiores valores de condutividade elétrica e o grupo formado pelas seções amostradas no rio Aguapeí foi caracterizado pelas maiores concentrações de fósforo total, turbidez e material em suspensão total. Em função da sazonalidade, as variáveis limnológicas mais influenciadas foram a turbidez, fósforo total e nitrogênio amoniacal que apresentaram concentrações maiores em todas as seções na amostragem de abril quando os níveis de precipitação pluviométrica e a vazão foram menores, isto remete a influência da relação entre as variáveis climatológicas e hidrológicas como elemento de diluição para estas variáveis quando os índices pluviométricos e os níveis fluviométricos aumentam. A análise de correlação entre as variáveis limnológicas e as classes de uso e cobertura da terra demonstrou que as classes cultura temporária e vegetação natural podem estar influenciando em maior proporção as variáveis limnológicas pH, oxigênio dissolvido, temperatura da água, fósforo total e condutividade elétrica e as classes solo exposto, área urbanizada/construída e agropastoril podem estar influenciando majoritariamente as concentrações do material em suspensão total e suas frações orgânicas e inorgânicas. A partir dos resultados encontrados com a pesquisa vale salientar a necessidade de algumas melhorias que possam auxiliar o não agravamento de problemas ambientais que possam impactar os recursos naturais encontrados no Parque Estadual do Aguapeí, ações como a recomposição da vegetação ripária principalmente em locais que apresentam falhas e descontinuidades entre a vegetação, como também avaliando a possibilidade de conectividade com os fragmentos florestais mais próximos; tratamento de efluentes urbanos mais eficientes; elaboração de um plano de monitoramento constante para os canais fluviais que deságuam na zona de amortecimento do Parque, bem como o acompanhamento dos efeitos do uso, cobertura da terra e do manejo da terra nas bacias hidrográficas destes canais fluviais. |