Professor negro universitário: notas sobre a construção e manipulação da identidade étnico-racial em espaços socialmente valorizados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Silva, Priscila Elisabete da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/99011
Resumo: Este trabalho versa sobre o tema das relações étnico-raciais no Brasil. Muito já foi produzido sobre o mesmo com diferentes interpretações e sob diversas áreas de conhecimento. Eu o trato sob a ótica da identidade. Procuro identificar como se dá a construção da identidade de negros (pretos e pardos) em situação de aparente contraste étnico-racial e mobilidade social. O universo da pesquisa de campo foi a universidade pública brasileira, em especial os docentes da área de engenharia de duas instituições: a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Instituições consideradas referências na área de exatas e tecnologia, no quadro universitário nacional. Esta pesquisa procurou perceber como os professores negros presentes nestas instituições entendem, constroem e manipulam sua identidade étnico-racial. Foi possível perceber que é praticamente nula a presença de docentes negros nas engenharias. Observo também que os processos institucionais empreendidos atualmente pelo governo – como sistemas classificatórios – não conseguem atingir as necessidades atuais no que diz respeito à problemática da classificação étnico-racial e, em seu bojo, a identidade. Percebi que a cor, para a sociedade brasileira, ainda é um elemento fundamental na construção da identidade étnico-racial. Todavia, já é possível dizer que outros elementos tais como: a pertença de origem e o posicionamento político disputam espaço como elementos estruturantes na construção da identidade dos sujeitos entrevistados. O que nos permite pensar que o conceito “atual” de identidade extrapola percepções dualistas e nos coloca novos desafios à interpretação sobre a identidade.