Determinação de área, volume e massa em animais de interesse zootécnico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Simão, Bruno Rodrigo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152324
Resumo: A fim de utilizar a modelagem tridimensional (3D) para estimar área, volume e massa, bem como avaliar o impacto dos desvios envolvidos nas equações empíricas disponíveis na literatura, em animais, foram utilizados seis ovinos Corriedale tosqueados com massa entre 10 e 105 kg e cinco bovinos Nelore com massa entre 600 a 800 kg. Os animais foram treinados utilizando os princípios de habituação e condicionamento, a fim de reduzir a reatividade dos animais. Para medição da área de superfície, utilizaram-se basicamente três procedimentos: equação empírica (EE) para cada espécie, instrumento manual de medição (IMM) e modelagem 3D do animal por fotogrametria (AR) e escaneamento com sensor kinect (AS_KS). Foi realizada uma análise de covariância, sendo a massa a covariável e uma análise de regressão não linear foi ajustada como uma função potência (alometria). Analisando as médias de área de superfície, para ovinos, em relação aos procedimentos utilizados não houve diferença entre IMM e modelos 3D, bem como entre os modelos 3D, enquanto entre IMM e EE houve diferença significativa. Para os bovinos, observou-se que os procedimentos 3D foram, em média, superiores às estimativas de área de superfície pela EE (a=5%). Quando se plotou os dados de área de superfície, de ovinos, dos métodos testados em função da massa corporal, obteve-se aproximações empíricas distintas daquelas estimadas pela EE em mais de 11% para animais acima de 100kg, enquanto que para os bovinos a diferença média entre os modelos 3D e EE foi de mais de 18%. Como os ajustes das equações com IMM e por modelos 3D tiveram taxas de crescimento muito próximas e os desvios entre elas foram inferiores a 2%, constatou-se que o uso de modelos 3D foi ratificado. Quando se plotou os dados de ambas as espécies, observou-se excelentes ajustes (R²=0.99) e estimativas consistentes com aquelas obtidas pelas equações específicas para cada raça, com desvios inferiores a 3,2%. Outras relações, como volume em função da área de superfície, foram estabelecidas, resultando em aproximações consistentes quando utilizada para estimar o volume do animal. Quando se considerou o animal como um Cilindro Horizontal Padrão (CHP), sua área de superfície foi estimada, em média, 36% abaixo daquelas observadas para os modelos 3D e IMM. Por meio da simulação da transferência de calor por convecção, obteve-se uma diferença de mais 56% na taxa de convecção quando se considerou o animal como um CHP em relação aos modelos 3D e cilindro horizontal completo (CHC). Quando se relacionou as informações das imagens bidimensionais (2D) com as informações dos modelos 3D, foi possível encontrar equações para estimar área, volume e massa dos animais. Outra abordagem que ficou constatada foi a utilização de modelos 3D para avaliação em melhoramento genético, como pelo método EPMURAS. O uso de modelos 3D para estimar a área de superfície e volume em animais foi validado. O método parece ser o melhor meio para estimar a área de superfície e volume, e certamente aparece como uma ferramenta para melhorar as pesquisas envolvendo transferência de calor e massa, bem como o melhoramento genético.