Manejo de macrophomina phaseolina (tassi) goid. em sementes de feijoeiro (phaseolus vulgaris l.) com óleos essenciais e antagonistas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Paula Leite dos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154999
Resumo: O feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.) está sujeito à ocorrência de doenças, cujos agentes causais podem ser transportados e transmitidos via sementes, além de comprometer o potencial fisiológico destas. Dentre os patógenos que influenciam negativamente, se presentes nas sementes de feijão, está o fungo Macrophomina phaseolina (Tassi) Goid., que pode ser transmitido às plantas, causando a podridão cinzenta da haste do feijoeiro, uma doença com sérios impactos na cultura. Apesar do tratamento químico de sementes ser uma prática eficiente no controle de patógenos, o emprego de substâncias naturais com ação fungicida e de antagonistas de fitopatógenos surge como uma opção de manejo sustentável. Diante do exposto, o objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito do tratamento de sementes de feijão com óleos essenciais (Capítulo I) e antagonistas (Capítulo II) sobre a incidência do fungo M. phaseolina e o potencial fisiológico das sementes tratadas. No primeiro capítulo, inicialmente, investigou-se a ação in vitro dos óleos essenciais de cravo da índia, pimenta preta e gerânio sobre o crescimento micelial e a esporulação do fungo. Dois tratamentos testemunha foram incluídos: fungicida tiofanato metílico + fluazinam e BDA puro. Verificou-se inibição total do crescimento micelial pelos óleos essenciais de cravo da índia e pimenta preta, com ação semelhante ao fungicida. O óleo essencial de gerânio não apresentou efeito inibitório satisfatório sobre o fungo. Os óleos essenciais de cravo de índia e pimenta preta foram então empregados no tratamento de sementes de feijão, para averiguar seu potencial de controle de M. phaseolina e possíveis efeitos na qualidade fisiológica das sementes tratadas. Os óleos essenciais foram comparados ao fungicida tiofanato metílico + fluazinam, sendo também avaliadas sementes inoculadas sem tratamento e sementes não inoculadas. Os óleos essenciais reduziram a incidência do fungo nas sementes, porém, o óleo essencial de cravo da índia provocou uma redução na germinação destas. Apesar disto, não houve interferência negativa deste óleo sobre o vigor das sementes, avaliado pela primeira contagem de germinação e índice de velocidade de emergência. O óleo essencial de pimenta preta, por sua vez, reduziu a incidência do fungo e não interferiu na germinação e vigor das sementes. O experimento de controle biológico (Capítulo II) também foi constituído inicialmente de uma etapa in vitro, para verificar a possível ação dos antagonistas Bacillus subtilis, B. pumilus e Trichoderma harzianum sobre M. phaseolina. Constatou-se a ação supressora dos antagonistas, com a formação de halo de inibição no teste de confronto em todos os tratamentos. Em seguida, foi realizado o tratamento de sementes com os antagonistas e o fungicida tiofanato metílico + fluazinam, sendo também incluídas no experimento sementes inoculadas e sementes não inoculadas, ambas sem tratamento. Foram avaliados a sanidade e o potencial fisiológico (germinação; primeira contagem de germinação; índice de velocidade de emergência; comprimento de plântulas). Os três antagonistas reduziram a incidência de M. phaseolina nas sementes. Em geral, B. subtilis e T. harzianum mostraram resultados consistentes e satisfatórios, quanto à germinação e primeira contagem de germinação. Não houve diferença entre os tratamentos quanto ao índice de velocidade de emergência e comprimento de plântulas. Pelos resultados obtidos, pode-se concluir que o óleo essencial de pimenta preta e os antagonistas B. subtilis e T. harzianum são alternativas viáveis para o manejo de M. phaseolina em sementes de feijoeiro.