Representações do folclore argentino e identidade nacional em Juan Alfonso Carrizo e Ricardo Rojas (1917-1939)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ramos, Igor Alexander Webel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/238495
Resumo: A aproximação do primeiro centenário da revolução de Maio de 1810, alinhado ao contexto conturbado do início do século XX, trouxe consigo a necessidade de repensar a identidade nacional argentina. Tendo como propósito manter ou retomar antigas hegemonias, grupos políticos da capital e do interior, com interesses conflitantes e atravessados pelo paradigma ‘civilização ou barbárie’, enxergaram no campo da folclorologia a possibilidade de propagar representações identitárias em busca de legitimação simbólica. Na década de 1920, em um momento no qual o avanço das políticas encabeçadas pela União Cívica Radical significa a perda de capital econômico e de posições no sistema político para os industriais açucareiros da província de Tucumán, Juan Alfonso Carrizo, um professor da província de Catamarca, publica o livro “Antiguos Cantos Populares Argentinos” (1926), no qual apresenta uma argentinidade unicamente hispânica e católica, alinhando-se ideologicamente à Alberto Rougès e Ernesto Padilla, antigos nomes da política tucumana que irão ajudá-lo em sua trajetória como estudioso do folclore. A partir das obras e cartas escritas por Ricardo Rojas e Alfonso Carrizo e do epistolário de Alberto Rougès e de Ernesto Padilla, nosso propósito é analisar os espelhamentos entre reconfigurações da identidade argentina e os embates ideológicos travados entre os grupos em disputa pelo poder, mapeando as redes de sociabilidade que proporcionaram a Carrizo a inserção em um campo intelectual em processo de consolidação.